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25/05/2010 10:32 - Vantagens da reciclagem energética

A prioridade é não só manter, mas também expandir a coleta seletiva e a reciclagem mecânica dos resíduos recicláveis

 

Em todo o mundo, tem crescido a Reciclagem Energética, em unidades industriais que utilizam processos limpos de transformação dos resíduos urbanos (lixo) em energia elétrica ou térmica.

 

No Brasil, no entanto, ainda existe resistência à adoção dessa prática de reciclagem.

 

Em nosso país, ainda se acha que a reciclagem energética substituiria a coleta seletiva e a reciclagem mecânica dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), levando à perda dos postos de trabalho. Nada mais equivocado.

 

Esse temor que ainda tem força no País, embora legítimo, é desprovido de fundamento técnico, logístico e operacional.

 

Essa falta de fundamento é clara, uma vez que a Reciclagem Energética não substitui a reciclagem mecânica.

 

Complementa-a, e, mais importante ainda, gera novos empregos.

 

Os resíduos sólidos urbanos estão entre as fontes geradoras de gases de efeito estufa.

 

Atualmente, esses resíduos respondem por 3% das emissões do mundo e por 1% daquelas do Brasil.

 

Adicionalmente, os resíduos expõem a população desnecessariamente a problemas de saúde, principalmente pela destinação incorreta do material aos lixões, não a aterros sanitários, como deveria ser feito.

 

Nas grandes metrópoles do País, existe outro problema: o esgotamento dos espaços dos atuais aterros e a falta de terrenos para a construção de novos.

 

Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), o Brasil gera 57,0 milhões de toneladas de lixo urbano.

 

Desse total, 50,2 milhões toneladas são coletados, ou seja, cerca de 6,8 milhões de toneladas de lixo urbano têm destino incerto.

 

Do lixo urbano coletado, cerca de 28,5% milhões de toneladas vão para aterros sanitários, e 21,7%, para os lixões.

 

O problema é agravado com a insuficiência de coleta seletiva, procedimento pelo qual os resíduos recicláveis são separados dos demais componentes do lixo urbano.

 

Consequência desta insuficiência de coleta seletiva: mais emissões de gás carbônico e esgotamento mais rápido da capacidade dos depósitos de lixo.

 

Outros países, alguns bem menores do que o Brasil, conseguiram resolver esse problema com ações integradas e soluções completas.

 

Além de estimularem a coleta seletiva, a reciclagem mecânica e a correta destinação final dos resíduos, esses países desenvolveram tecnologia para realizar a recuperação energética em processos limpos.

 

No tratamento dos resíduos sólidos urbanos, a coleta seletiva e sua consequente reciclagem mecânica constituem-se na prioridade de número um, uma vez que esse processo tem também a vantagem de gerar emprego e renda para os catadores e para a mão de obra dos recicladores, ambos intensivos em mão de obra.

 

Esta solução já é uma realidade em vários países desenvolvidos e emergentes.

 

Nesses países, cerca de 150 milhões de toneladas por ano de lixo são destinadas a mais de 850 usinas de geração de energia, todas perfeitamente adequadas às mais rígidas normas ambientais.

 

Isso porque, depois de separados, os resíduos são combinados para melhorar a eficiência do processo e assim incrementar a geração energética por meio dos gases resultantes que produzem o vapor que aciona o turbogerador de energia térmica ou elétrica.

 

O rejeito é utilizado na fabricação de material de construção, como telhas e tijolos.

 

Os gases extraídos da caldeira são neutralizados em circuito fechado e, já limpos, lançados na atmosfera.

 

Os resíduos destinados à reciclagem energética são apenas aqueles que não se prestam à reciclagem mecânica, como, por exemplo, restos orgânicos, tecidos e fraldas descartáveis usadas, dentre outros.

 

Portanto, a prioridade é não só manter, como também expandir a coleta seletiva e a reciclagem mecânica dos resíduos recicláveis, o que vai assegurar a manutenção do posto de trabalho dos catadores.

 

Os resíduos plásticos que já não puderem ser reciclados são indispensáveis à reciclagem energética, porque promovem a combustão, substituindo o óleo diesel ou óleo combustível.

 

Essa situação significa menos necessidade de combustível fóssil e mais uma reutilização de embalagens plásticas, estando aí incluídas as sacolas plásticas que usamos para descartar o lixo doméstico - um ganho fundamental para a sustentabilidade.

 

Agora, só falta vencer preconceitos construídos sobre as antigas e ultrapassadas usinas de incineração de lixo e implementar esse projeto nos municípios que precisam resolver graves problemas de resíduos urbanos.

 

Para tanto, a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza e Resíduos Especiais (Abrelpe) e a Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos firmaram um acordo de cooperação e iniciaram estudos sobre a viabilidade econômica, tecnológica e regulatória da instalação de usinas de reciclagem energética no País.

 

Essas usinas seriam instaladas principalmente nos municípios que já não têm espaço para a destinação do seu lixo.

 

A ideia é integrar a produção de energia gerada a partir da reciclagem do lixo urbano na matriz energética brasileira.

 

A reciclagem energética é uma iniciativa pioneira necessária, urgente e indispensável e que se apresenta como uma alternativa para resolver o grave problema do lixo urbano no Brasil, até porque essa tecnologia vem sendo largamente usada no mundo todo.

 

Vamos investir nessa solução.

 

Veículo: DCI

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