Geral
20/05/2010 10:00 - Empresas se alinham a metas socioambientais
Empresas paulistas já adotam ações compatíveis com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). O compromisso, assumido por 191 Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU), além de guiar as ações sociais do governo federal, tem servido como diretriz na gestão socioambiental de empresas de grande e pequeno porte no Estado de São Paulo.
A diretora do Comitê de Responsabilidade Social (Cores) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Eliane Belfort, afirma que muitas empresas já alinham suas ações sociais com os ODM. Ela ressalta, porém, que muitas outras empresas, apesar de desenvolverem políticas que coincidem com as metas, não identificam suas ações com os objetivos da ONU.
"Muitas empresas já estão trabalhando dentro das metas do milênio, mas muitas não unem ações com cumprimento desses objetivos, por desconhecimento das metas", diz.
Há duas semanas a Fiesp utilizou como tema central da sua 4ª edição da Mostra de Responsabilidade Socioambiental os ODM. De acordo com Belfort, a Fiesp irá incentivar este ano práticas convergentes aos objetivos do milênio entre as indústrias. "Queremos disseminar os objetivos do milênio entre as empresas para que elas percebam que suas ações estão dentro dos ODM e para que prestem atenção maior nas metas que precisam de mais ajuda", ressaltou.
O Grupo Pão de Açúcar foi um dos signatários dos ODM. A divulgação das oito metas nas sacolas práticas, apesar de ser a ação mais exposta, não é a única prática da empresa que visa contribuir com as metas. De acordo com Paulo Pompílio, diretor de responsabilidade socioambiental, a companhia realiza ações como: a doação de alimentos, que atende à meta de erradicação da fome; a disponibilização de espaços de suas lojas para a realização de campanhas de vacinação, contribuindo com o objetivo de prevenção da Aids, malária e outras doenças; e a adoção de medidas de redução do consumo de energia e água, visando a garantia da sustentabilidade ambiental.
"É importante que as empresas conheçam esses objetivos mundiais, para que possamos atender de uma forma geral a elas", comenta Pompílio.
Outra empresa que possui ações compatíveis com os ODM é a Givaudan. A indústria produtora de aromas e essências conseguiu realizar um programa de conscientização das metas da ONU com verba reduzida. Durante as eleições municipais de 2008, a empresa enviou aos seus 360 funcionários um e-mail sobre as campanhas dos vereadores e suas relações com as metas do milênio.
A empresa distribuiu ainda sacolas ecológicas e marcadores de livros contendo os oito objetivos. "Essas ações não requerem grandes investimentos, são ações que dependem mais da vontade de estimular os funcionários", explicou Mona Chamma, coordenadora de responsabilidade social da Givaudan.
O Grupo Avon também possui ações sociais que, apesar de convergirem com metas do milênio, não surgiram com esse foco. É o caso das suas principais campanhas, de combate ao câncer e à violência doméstica, que poderiam se enquadrar na meta de "Promover a igualdade entre os sexos", mas não nasceram com esse propósito.
Lírio Cipriani, diretor executivo do Instituto Avon comenta as ações da empresa: "O trabalho do Instituto Avon é focado em causas voltadas para a saúde e bem-estar da mulher. Em 2009, o montante arrecadado ultrapassou a marca de R$ 5,25 milhões".
Contribuição
Os empresários sublinham que a implementação de políticas socioambientais na gestão da empresa pode trazer importantes benefícios.
"Ter ações que são identificadas pelos seus colaboradores, pelos seus clientes como bons valores da empresa traz uma impressão diferenciada. Essa identificação é importantíssima, pois gera um valor que faz com que empresa seja diferenciada", salienta o diretor de responsabilidade socioambiental do Pão de Açúcar.
O diretor executivo da Avon enfatiza que o benefício das ações sociais vai além dos negócios: "A certeza de que a força da ação conjunta, em rede, é capaz de promover grandes conquistas. Não só em relação a negócios, mas a causas que possam trazer mais autonomia e fortalecimento para as mulheres e, em conseqüência, para toda a sociedade".
A diretora do Cores da Fiesp ressalta a importância da existência de políticas socioambientais entre as empresas.
"Não há indústria que não tenha alguma ação de responsabilidade socioambiental. Cada vez mais empresas percebem que sustentabilidade é equilíbrio. Até para continuar na cadeia existe uma cobrança. Nós vemos isso pela quantidade de empresas que querem mostrar seus cases e pela procura de consultoria", comenta Eliane Belfort.
Veículo: DCI

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