Os visitantes que compareceram à Abrin (Feira Nacional de Brinquedos) na semana passada puderam conferir os 1.200 lançamentos do setor para o evento. Entre essa avalanche de novidades, 15% tinham algo em comum: eram alusivos à Copa do Mundo, que começa em junho, na África do Sul.

O torneio tem sido a grande aposta de empresas como a Lider Brinquedos. O gerente de vendas da empresa, Júnior Muzilli, 48, conta que foram criados cinco modelos de bola com motivos da Copa. No total, representam 20% da produção.

"Serão produzidas 1,5 milhão de unidades [para o período]", destaca. Segundo ele, para o lojista, a unidade custará entre R$ 1 e R$ 12; para o consumidor, entre R$ 1,99 e R$ 22,99.

A Grow também investe nos produtos com motivos da Copa. A ideia, explica o presidente da indústria, João Nagano, é quebrar a sazonalidade -o que a empresa procura fazer também com itens focados em volta às aulas e férias escolares.

Sobre os artigos relacionados ao maior evento futebolístico do mundo, apesar de otimista em relação às vendas, Nagano demonstra cautela.

"Vamos ter produtos inspirados na Copa, mas, como o período de exposição no ponto de venda é curto -atinge três meses antes e três meses depois do evento-, é preciso tomar cuidado para não ter a mercadoria encalhada. Isso resultaria em prejuízo para empresa", avalia.

Além do verde e amarelo, as indústrias mostraram que não conseguem se desprender dos personagens que estarão em evidência nas telas de TV e cinema e que estampam 75% dos produtos fabricados.

Shrek, Iron Man, Toy Story, Bakugan e até o centenário do Corinthians foram explorados pelo fabricantes.

Selo

Durante a feira, foi anunciada a parceria entre a Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos) e a Angelotti Licensing para a utilização do selo da entidade em brinquedos, confecções, cadernos e produtos alimentícios.

Parte dos valores arrecadados com a venda dos artigos licenciados será usado em projetos da Fundação Abrinq, mantida pela associação.

Veículo: Folha de São Paulo