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03/03/2010 09:04 - Merck paga US$ 7,2 bi pela americana Mellipore

O plano da Merck de assumir o controle da Millipore dos Estados Unidos por US$ 7,2 bilhões, anunciado esta semana, é a mais recente de uma série de aquisições da companhia farmacêutica, que estão se intensificando, e têm como objetivo fortalecer e diversificar seus negócios - mas com um toque alemão especial.


Desde que assumiu em 2006 o comando da Merck, sediada em Darmstadt, Karl-Ludwig Klee deixou claro que sua companhia estava entrando em uma fase de crescimento, montada ao redor da expansão geográfica, via aquisições inclusive, ao mesmo tempo em que ela manteria seus pilares operacionais gêmeos históricos: os produtos farmacêuticos e os produtos químicos.

 

A Millipore - que produz tecnologias, ferramentas e serviços para as áreas de pesquisas biocientíficas e produção biofarmacêutica, e voltada principalmente para o mercado dos Estados Unidos - se encaixa na estratégia de Klee. Isso ajuda a diversificar a linha de produtos ao mesmo tempo em que cria o que ele estima que serão sinergias de US$ 100 milhões em três anos relacionadas às atividades.


A operação surge no momento em que a companhia, assim como muitas outras do setor, enfrenta pressões crescentes resultantes do vencimento de patentes existentes e das resistências aos aumentos de preços pelas companhias e sistemas de seguro-saúde, juntamente com as dificuldades de desenvolvimento de novos produtos. No ano passado, por exemplo, autoridades reguladoras europeias recusaram-se a aprovar o medicamento Erbitux da Merck, desenvolvido para o tratamento de câncer de pulmão.


Tais fatores aceleraram a consolidação no setor farmacêutico, especialmente com as ofertas hostis, no ano passado, da Wyeth pela Pfizer, e da Schering-Plough pela Merck dos Estados Unidos (que não tem mais nenhuma ligação com a Merck da Alemanha desde que os Estados Unidos confiscaram a companhia como parte das reparações pela Primeira Guerra Mundial).


De certa forma, esses negócios criaram o potencial de corte de custos, ao mesmo tempo em que repuseram o quadro de medicamentos inovadores em processo de planejamento de lançamento. Eles também ajudaram a ampliar sua presença geográfica, no caso da Merck, com a Millipore ajudando-a a ganhar uma posição mais forte nos EUA. O mesmo se aplica à Astellas do Japão, que na segunda-feira tomou a rara decisão de lançar uma proposta hostil de compra pela OSI dos EUA, com o objetivo de ganhar participação de mercado e acesso a medicamentos contra o câncer.


Mas, junto com outras companhias como a GlaxoSmithKline (GSK), Sanofi-Aventis e Novartis, a Merck vem ajudando a diluir os riscos de desenvolvimento de novos medicamentos ao entrar em novas áreas de retornos mais seguros que o desenvolvimento de medicamentos. Para suas rivais, isso vem incluindo a mudança para os medicamentos genéricos, vacinas e produtos voltados para a saúde do consumidor.


Por outro lado, a Merck está usando a Millipore para ampliar uma atividade já existente que está na origem dos negócios farmacêuticos, mas que foi abandonada há muito tempo pela maioria de seus concorrentes: os produtos químicos. Enquanto companhias como a Akzo Nobel adotaram a estratégia de se desfazer de suas operações químicas nos últimos anos, a Merck e sua concorrente alemã Bayer vêm resistindo à tendência.


"Trata-se de um tipo de uma Carta Magna de nosso modelo de negócios", diz Karl-Ludwig Klee, o executivo-chefe da Merck. "Sempre deixamos claro que [os produtos químicos] são uma parte sustentável e de longo prazo de nosso modelo de negócios. Eles dizem respeito à diversificação de riscos, e não a sinergias."


Klee observa que, em contraste com a Bayer, o raciocínio da Merck é governado pela filosofia de investimentos da família que controla a companhia, que ainda detêm, entre seus membros, 70% de seu capital.


Mas o executivo também afirma que há uma lógica de negócios além da simples diversificação. "As pessoas pensam que produtos químicos significam PVC, mas esses não são commodities", diz ele, mencionando os negócios da companhia com telas de cristal líquido, que são influentes e proporcionam margens elevadas. "Os produtos farmacêuticos nem sempre têm margens elevadas."


Jeffrey Holford, analista sênior da Jefferies International de Londres, concorda com Klee, observando que antes da Merck adquirir a Serono da Suíça, em 2007, suas margens com medicamentos eram modestas.


O analista diz que o negócio com a Millipore é "maior e mais audacioso que o esperado". Embora relativamente caro, ele prevê que o negócio poderá adicionar mais 10% ao lucro por ação da companhia até 2013.


O desafio para Klee será provar que sua definição de materiais químicos e ciências biológicas poderá manter as margens e os riscos que outras companhias farmacêuticas estão buscando em outros lugares.


Veículo: Valor Econômico

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