As necessidades do público sênior ganham destaque e merecem atenção do setor supermercadista

Com o aumento da expectativa de vida dos brasileiros para 75,8 anos, segundo dados do IBGE, o mercado de negócios para pessoas com mais de 60 anos cresce exponencialmente. Consumindo cada vez mais, esse público é uma peça importante na engrenagem que faz a economia do país girar. Uma pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta, de modo geral, para um alto poder aquisitivo entre a maioria dos idosos, representando mais de 17% entre os mais ricos do país.

Segundo um artigo no site Food Retail, mostra que este grupo de consumidores possuem um poder de compra suficiente, uma vez que possuem renda fixa e estabilidade, mas que não tem suas questões atendidas no setor supermercadista, já que suas lojas se mantêm da mesma forma, comunicando da mesma forma, pouco se adaptando a oferta ou a forma como os produtos são apresentados.

No artigo do site citado, várias situações foram levantadas que dificultam este público a consumir, como por exemplo, as prateleiras altas, dificultando o acesso aos produtos expostos nesta altura; ou algumas seções onde as mãos deste público sênior não conseguem acessar o produto. Outros pontos levantados pelo artigo são o tamanho das etiquetas nas gôndolas, às vezes pequenas e com números com letras reduzidas dificultando a visualização, e os carrinhos e cestos que dificultam a colocação dos produtos.

Há algumas sugestões como área de vendas assistidas, que auxiliam na escolha do produto, e é uma ótima oportunidade para socializar e integrar o público sênior, onde o momento de compra é uma oportunidade para o contato com outras pessoas. Além disso, é uma oportunidade para o varejo alimentar criar serviços específicos para este público.

No Japão, onde 30% da população tem mais de 65 anos, empresas como a Aeon, uma das maiores redes de supermercados do país, estão fazendo diferente, como por exemplo:

• Adaptando móveis, deixando-os mais baixos;
• Colocando letrar grandes em todas as placas das lojas;
• Os corredores são mais amplos para facilitar a circulação de pessoas com mobilidade reduzida;
• Desenvolvimento de produtos saudáveis com menos gordura e focados para prevenção de doenças ou mesmo produtos focado para o cliente sênior;
• Carrinhos mais leves e fáceis de manusear, ou específicos para clientes com dificuldades de locomoção;
• Espaços de convívio, com programa de fidelização, onde podem acumular pontos ao frequentarem aulas desenvolvidas nestes locais.

É um ponto de atenção para o setor supermercadista, que levantamos na edição da SuperHiper Panorama 2023, como disse na matéria Perspectivas para 2023 (pg.56), em que Luiza Zacarias, diretora da Horus, comentou: “É importante ouvir este consumidor e entender o que ele quer, somente assim você extrairá informações importantes dos seus propósitos e objetivos, pois esta faixa etária está muito mais ligada e sabe as escolhas que faz.”

Redação SuperHiper