Geral
04/02/2010 08:44 - Campinas busca reciclagem de lixo eletrônico
Anualmente, de 20 a 25 milhões de toneladas de produtos eletrônicos, grande parte de forma inadequada, são descartados no planeta, conforme o Greenpeace. Por conter materiais pesados e tóxicos [mercúrio, chumbo, cádmio, belírio e arsênico], o descarte irresponsável gera riscos de contaminação humana, da água e solo. Segundo a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), só 10% dos computadores são reciclados no mundo. Em Campinas, a empresa CRMG Network & Security já encontrou uma solução inteligente e saudável para transformar esse "lixo eletrônico" em estações de trabalho para serem doadas a entidades assistenciais que queiram promover programa de inclusão digital. A CRMG Network & Security é uma empresa especializada em desenvolver soluções em TI com projetos de informática personalizados que atendam às necessidades específicas da cada empresa.
Atualmente, o grande problema de empresas de diversos ramos de atividade é com relação ao que fazer com equipamentos obsoletos que são amontoados em uma sala trazendo transtornos de espaço. Pensando nisso, o diretor da CRMG Carlos Roberto Monteiro Guimarães resolveu dar destino útil a esse material, promovendo ações de utilização desse material reciclado em estações de trabalho para operar como terminais leves capazes de executar os programas básicos de texto e imagem. A empresa resolveu doar a mão de obra do trabalho de recuperação desses equipamentos que seriam descartados por seus clientes e conseqüentemente doá-los para áreas administrativas ou programas de inclusão digital de entidades ou instituições que desenvolvam trabalhos junto a comunidades carentes.
Campinas é um polo de tecnologia, mas a exemplo de outros grandes centros reúne grande número de excluídos que não têm acesso a um computador, ou internet. Com esse trabalho a CRMG espera minimizar um pouco essa exclusão digital. Carlos Guimarães explica que as empresas quando estão reformulando seus computadores e implantando esse novo sistema de rede desenvolvido pela CRMG optam por equipamentos modernos que não utilizam CPU. Monitor CRT, por exemplo, ninguém compra mais, pois não há funcionalidade nem para o vidro da tela.
Para ser transformado em terminal de trabalho, os computadores antigos precisam ter apenas placa mãe, processador (a partir do k6-2) e 128 Mb de memória. Além de placa de rede. Isto porque todos os dados (arquivos) e o sistema operacional estarão armazenados somente no servidor, que compartilha o uso das funcionalidades (CD-ROM, DVD, impressoras) com usuários dos demais terminais.
"Nós começamos a trazer para a empresa, dar uma manutenção nesse material descartado por nossos clientes. Nesse caso da rede a gente tira o HD, aproveita a placa mãe, o processador, a memória e a caixa da máquina. Ligando essa rede nos servidores ela se torna uma máquina rápida, pois todo o processamento onde fica hospedado o sistema operacional, o software, os aplicativos é no servidor, então a máquina só inicializa e busca tudo nesse servidor", explica.
Estação
Cada estação de trabalho é um computador com teclado, mouse, CPU e monitor. A primeira doação feita pela CRMG contou com 8 estações, e para a próxima doação são 6 estações, o servidor e com o switches. "As estações de trabalho atendem com excelência os usuários, seja na área administrativa, aulas de informática, consultas escolares ou outro programa ou projeto de inclusão digital, por oferecerem todas as ferramentas básicas (editor de texto, planilha eletrônica, editor de imagem, navegador de internet, correio eletrônico etc.) e, ainda, garantirem uma solução consciente e inteligente para o lixo eletrônico", lembra Guimarães.
Não há gastos com software já que o sistema operacional utilizado é o Ubuntu (Linux), um software livre, ou seja, não precisa ser comprado, pois é disponibilizado gratuitamente a qualquer interessado. Já o servidor e o switch para permitir o trabalho em rede e a conexão dos equipamentos à internet precisam ser adquiridos e custam cerca de R$ 800 e R$ 60, respectivamente, mas, muitas vezes os antigos podem ser reaproveitados quando da substituição por modelos mais potentes.
Segundo Guimarães, a ideia de recuperar os computadores obsoletos de seus clientes, entre eles o Center Fabril, BF-ETTO, Escola Associativa Waldorf Veredas e o Ateliê da Notícia, amadureceu justamente pela consciência dessas empresas, que atuam nos mais diferentes ramos de atividade, quanto aos conceitos da TI Verde (tecnologia da informação aplicada de forma sustentável), incorporados aos seus projetos de informática. Guimarães diz que algumas das empresas estão solicitando projetos para verificar se parte dos equipamentos antigos pode ser aproveitada.
Veículo: DCI

Veja mais >>>
25/10/2024 15:51 - Presente em 98,8% dos lares, macarrão é categoria potencial para varejo alimentar21/08/2024 17:56 - Consumidores brasileiros focam em alimentação saudável
28/06/2024 10:21 - Como será o consumidor de amanhã?
27/06/2024 09:15 - Show de Paul McCartney em Floripa tem apoio do Angeloni Supermercados
25/06/2024 08:58 - Supermercados “étnicos” ganham força no varejo americano
24/06/2024 11:22 - Grupo Pereira reforça inclusão no mês dos Refugiados e Imigrantes
24/06/2024 11:22 - Roldão beneficia 200 crianças com Arraiá Solidário
24/06/2024 11:10 - Mais uma inauguração: Rede Bom Lugar chega a São Miguel Arcanjo (SP)
24/06/2024 11:07 - Sam’s Club e Atacadão chegam juntos em João Pessoa (PB)
21/06/2024 09:04 - Sadia celebra os seus 80 anos em grande estilo
20/06/2024 09:07 - Supermercados Pague Menos participa de ações de empregos
19/06/2024 09:15 - Supermercadistas criam vídeos virais e atraem clientes
18/06/2024 08:54 - Grupo Savegnago abre 500 vagas de emprego para pessoas com mais de 50 anos de idade
18/06/2024 08:53 - Natural da Terra anuncia Paulo Drago como novo CEO
18/06/2024 08:50 - Coop anuncia novos executivos em sua diretoria