Geral
26/01/2010 11:14 - Expectativa de aumento dos investimentos na área de café
Indústria de base: Previsão de boa demanda por novos equipamentos
As empresas que vendem equipamentos para a indústria de café apostam no reaquecimento do mercado brasileiro em 2010. A crise financeira global brecou aportes significativos em tecnologia no ano passado no país, mas o consumo doméstico crescente e recentes aquisições de companhias menores por grandes grupos, que exigirão esforços para a padronização de processos, sustentam as projeções de retomada dos negócios.
"Grandes grupos como Sara Lee e Melitta estão levando para as empresas que compraram a mesma tecnologia que já possuem em suas unidades. Essas indústrias trabalham com grandes volumes e escalas e precisam evitar qualquer tipo de perda de produtividade que um equipamento mais antigo possa ter", afirma Guilherme Camargo, diretor-geral da Leogap, que pertence à multinacional Probat.
A Leogap divide a liderança das vendas de equipamentos para a indústria de café no Brasil com a Companhia Lilla de Máquinas. Camargo não revela o faturamento da companhia em 2009, mas diz que houve queda de 15% em relação ao ano anterior e prevê crescimento de 25% em 2010. A Leogap espera vender pelo menos seis torradores de médio e grande porte no Brasil este ano. São equipamentos que custam de R$ 400 mil a R$ 2,5 milhões cada, de acordo com tamanho e capacidade de moagem.
Fundada em Curitiba há 47 anos, a Leogap foi adquirida pela Probat em 2001. Com o crescimento do mercado de café gourmet no Brasil e a tendência de consolidação entre as torrefadoras, Camargo, que assumiu o cargo em 2008, diz que o principal objetivo atual é aumentar a integração com a matriz e trazer inovações que atendam à demanda de indústrias de todos os portes.
"Em 2009 trouxemos para o Brasil uma linha de torradores para volumes menores para atender às necessidades de indústrias menores e empresas que querem se especializar ou passar a atuar no segmento gourmet, que opera com menores quantidades", afirma o executivo.
Foi exatamente o tamanho dos equipamentos vendidos no Brasil que deixou as indústrias nacionais com grande ociosidade no início da década. Levantamentos realizados na época apontavam para uma ociosidade ao redor de 60%. A ociosidade tornou-se expressiva em grande parte porque empresas que trabalhavam com pequenos volumes de café operavam com equipamentos muito grandes, por falta de opção.
Diante da situação, os investimentos em novos equipamentos foram atrasados ao máximo - afinal, as companhias tinham espaço para elevar a produção sem mexer no maquinário. Estimativas do segmento indicam que entre 60% e 70% do parque industrial das empresas de café do Brasil têm mais de 15 anos, uma idade considerada avançada diante das tecnologias já disponíveis para o ramo.
"Boa parte dos equipamentos instalados nas empresas não é de última geração, mas cumpre os requisitos mínimos exigidos para a produção de café. Os investimentos em tecnologia deveriam ser maiores, mas muitos grupos não estão suficientemente capitalizados para realizar esses desembolsos", afirma Nathan Herszkowicz, diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Café (Abic).
Segundo Herszkowicz, investir em novas tecnologias significa melhorar a qualidade do café produzido e ampliar a produtividade para as empresas. "O valor [dos investimentos em novos equipamentos] pode não ser tão elevado, mas não é nada desprezível para as empresas familiares que representam a maior parte na indústria do café", observa.
Veículo: Valor Econômico

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