Geral
08/01/2010 11:31 - Chuva vira vilã do sacolão
Consumidores atestam que alguns produtos, como manga, tiveram alta no preço de 300%
A safra das remarcações de preços surpreendeu o consumidor que esperava pagar menos pelos alimentos, passadas as festas de fim de ano. Frutas e hortaliças encareceram até mais do dobro no varejo, com o longo e intenso período de chuvas nos últimos 15 dias em diferentes regiões produtoras de Minas Gerais e de estados como São Paulo, tradicional fornecedor de hortigranjeiros ao varejo de Minas. Ainda que a estiagem nesta primeira semana de 2010 se prolongue, a dona de casa deve se preparar para continuar pagando mais enquanto as plantações se recuperam do estrago provocado pela água em excesso. Uma saída para aliviar o orçamento está em algumas opções razoáveis de compra, como a banana-nanica, laranja-pera, limão-tahiti, melancia, maçã, batata-doce e mandioca, conforme levantamento feito pela Ceasa Minas no entreposto de Contagem, na Grande Belo Horizonte.
A força dos reajustes na passagem de dezembro para este mês foi maior que na virada de 2008 para 2009 não só em função do regime das chuvas, observa Ricardo Martins, chefe da Seção de Informações de Mercado da Ceasa Minas. O próprio varejo não teve alternativa de trocar de fornecedor, já que o clima castigou as plantações em todo o país. Com a queda da produção no Sudeste, o comércio tem de buscar mercadoria em regiões mais distantes. É o caso do abacaxi, que sai da Paraíba e do Tocantins para abastecer o varejo da Grande BH.
A melancia também passou a percorrer longa distância das plantações do Rio Grande do Sul ao entorno da capital mineira, o que encarece o transporte, despesa repassada aos preços ao consumidor. No atacado (do produtor para o varejo), houve aumentos de até 192,9% do preço médio do chuchu, de 20 de dezembro a segunda-feira, em relação ao mesmo período do ano passado. “Essa situação deve se prolongar por três meses, tempo necessário para que as lavouras se recuperem”, alerta Martins. No varejo, consumidores ouvidos pelo Estado de Minas reclamam de aumentos na casa dos 300% dos preços verificados nos últimos dias em comparação aos que já pagaram em 2009.
Aurélio Lisboa, dono da rede de sacolões que leva o seu sobrenome, com sete lojas em BH, confirma a disparada dos preços depois das chuvas. “A manga passou a valer como ouro”, compara. As mangas Palmer e Tommy são as campeãs dos aumentos, que alcançaram 300%, segundo Lisboa. A goiaba encareceu 40% na última quinzena e as uvas ficaram cerca de 30% mais caras. Laranja, maçã e banana, ao contrário, podem aliviar o peso no bolso do consumidor.
No grupo das verduras, Lisboa confirma a piora de qualidade que o consumidor já percebeu, embora as tabelas de preços não tenham sofrido grandes alterações. As chuvas encharcam a terra e danificam folhas e frutos. Com um orçamento de R$ 40 a R$ 50 por semana destinado à compra de hortigranjeiros, o professor Delfim Moreira, de 48 anos, decidiu, ontem, levar para casa só o necessário para uma salada de frutas. No balcão de um sacolão perto de sua casa, ele examinou com cuidado as folhas amareladas do molho de mostarda oferecido a R$ 0,85 e as flores miúdas do brócolis. Preferiu esperar e gastar mais tempo na pesquisa de preços. “Dependendo da quantidade de produtos que eu levo, é possível economizar 20% a 30% dos gastos com uma pesquisa de preços criteriosa”, afirma.
A aposentada Flora Etelvina Maciel não abre mão de comprar laranja e banana, mas adota a estratégia de substituir produtos mais caros. “Não há como pagar mais de R$ 5 por um abacaxi ou R$ 8 pelo quilo da manga. Mantenho o meu orçamento”, diz. Ida Marciano concorda e afirma que não compra as frutas e verduras preferidas sem antes pesquisar em dois ou três estabelecimentos.
Veículo: O Estado de Minas
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