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06/01/2010 15:19 - Nestlé ainda tem muito para gastar

Gastar US$ 3,7 bilhões em uma aquisição poderia ser considerado uma transação respeitável para grande parte das companhias. Para a Nestlé, maior empresa de alimentos do mundo, com dinheiro de sobra em caixa, no entanto, o acordo de ontem para comprar as operações de pizzas congeladas da Kraft Foods na América do Norte representa pouco mais do que uma fatia.

 

Analistas especulavam sobre as intenções da Nestlé, depois de a companhia ter informado nesta semana que receberia US$ 28,1 bilhões com a venda de sua participação remanescente na Alcon, empresa americana de produtos oftalmológicos. Embora a Nestlé tenha arrefecido parte dos rumores ao anunciar o plano de recompra de 10 bilhões de francos suíços (US$ 9,7 bilhões) para suceder o programa de US$ 25 bilhões que está por acabar, alguns analistas continuavam ressaltando que o grupo suíço ainda tinha poder de fogo de sobra.

 

Entre os possíveis alvos de aquisição, muitos mencionavam a Cadbury, agora excluída. A lista dos suspeitos habituais também incluía o grupo francês de cosméticos L'Óreal e a Mead Johnson, de nutrição infantil.

 

Expandir-se no segmento de pizzas congeladas foi uma jogada inesperada mas, avaliando a transação mais de perto, a aquisição encaixa-se na estratégia da Nestlé de comprar operações com margens de lucro e crescimento mais elevados que os oferecidos pelos alimentos convencionais.

 

Com vendas estimadas de US$ 2,1 bilhões em 2009, a Kraft lidera o mercado de pizzas congeladas dos Estados Unidos, que movimenta US$ 37 bilhões. O lucro operacional da unidade em 2009 foi de US$ 279 milhões e, nos últimos quatro anos, o crescimento foi superior a 10%, puxado pelas marcas de alto padrão DiGiorno e California Pizza Kitchen.

 

"As operações de pizzas congeladas ampliam grandemente as atividades da Nestlé no segmento de alimentos congelados na América do Norte, e complementam nossas atividades já existentes de sorvetes com entrega direta na loja", ressaltou o executivo-chefe da Nestlé, Paul Bulcke que, antes de ocupar o atual cargo, foi chefe das operações da companhia na América do Norte.

 

Martin Deboo, analista do setor na Investec, chegou a dizer que as pizzas vinham sendo uma espécie de "estrela" para a Kraft, sugerindo que a Nestlé adquiriu um ativo de primeira linha aproveitando-se do momento da rival americana, que precisa levantar dinheiro para melhorar sua oferta de compra da Cadbury.

 

A Nestlé limitou-se a dizer que o acordo é "um encaixe natural" na sua estratégia de entrega de alimentos congelados para consumidores por todo o mundo.

 

Regionalmente, a aquisição também proporciona um "novo pilar estratégico" para as atividades americanas da Nestlé. Embora a presença da companhia no segmento seja forte na Europa, por meio das marcas Buitoni e Wagner, sua participação no mercado de pizzas congeladas dos EUA era limitada.

 

Expandir-se no setor faz sentido em termos administrativos, tendo em vista as operações do grupo com alimentos congelados na América do Norte, onde conta com alta capacidade de marketing e serviços de distribuição consolidados, sem falar na liderança da Nestlé no mercado de pratos prontos e de alimentos para comer sem talher, como salgados e sanduíches.

 

A Nestlé informou que, graças ao acordo, em cinco anos, prevê sinergia equivalente a 7% das vendas, o que representa US$ 150 milhões. A aquisição deverá começar a influenciar positivamente o lucro por ação da empresa no primeiro ano completo de controle, segundo a companhia. A compra das operações de pizzas congeladas da Kraft também ampliará ainda mais a presença da Nestlé na América do Norte, onde a empresa vê potencial significativo para crescer ainda mais.

 

Em 2008, a companhia obteve quase 30 bilhões de francos em vendas nos Estados Unidos, dentro de um total mundial consolidado em torno de 110 bilhões de francos. As aquisições regulares de outras marcas e o forte crescimento das operações próprias da Nestlé faz com que as Américas sejam atualmente a maior região da multinacional suíça em termos de vendas, eclipsando até suas operações europeias.

 


Veículo: Valor Econômico

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