A Associação Brasileira dos Supermercados (Abras) realizou na semana passada em Campinas, pelo segundo ano consecutivo, a 45ª Convenção Abras.

Considerado o maior e mais importante encontro de líderes do setor supermercadista brasileiro, o evento reuniu durante três dia, de quarta a sexta feira, no Royal Palm Plaza Resort Campinas, cerca de 700 pessoas responsáveis pelas decisões das empresas e mais 70 visitantes da América Latina. A convenção é um evento fechado que não requer inscrição para que se participe e que reúne 80% do faturamento Brasil de todos os estados.

Com o tema "A tecnologia como diferencial competitivo", a grande novidade foi a exposição de tecnologia. O presidente da Abras, Sussumu Honda, considerou o evento extremamente importante, pois a convenção está se consolidando como uma convenção de gestão. Segundo o dirigente, no Brasil os supermercados têm uma necessidade de melhorar alguns índices de produtividade. A convenção também contou com o projeto internacional de negócios desenvolvido pela Abras. "Nós temos o projeto comprador- vendedor apoiado pela Apex [Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos], no qual nós conseguimos trazer supermercadistas de outros países para realizarem negócios com a indústria nacional, então praticamente toda a América Latina esteve presente, mas também países do Oriente Médio e da África, como Moçambique, Angola e Egito. Nós temos empresas que vêm para fazer negócios e também o outro lado, que é a importação dos supermercadistas brasileiros", explicou. As rodadas contaram com 800 reuniões de negócios voltadas tanto para exportação como para importação.

Sucessão familiar

Paralelamente à convenção, a Associação Latino-Americana de supermercados (Alas) promoveu workshops com temas relacionados a perdas e a sucessão familiar destinados a empresas brasileiras, de Colômbia, Venezuela, Argentina, Chile, Paraguai, Porto Rico e República Dominicana, entre outros. "Basicamente 100% das empresas nacionais, com exceção de quatro ou cinco empresas multinacionais, são empresas familiares. Quando nós falamos em sucessão na empresa familiar nós estamos tratando de um tema que é delicado, mas que precisa ser tratado, pois uma sucessão malfeita pode levar o negócio à bancarrota", diz.

Novidade

Maior novidade da edição deste ano da Convenção Abras foi a Exposição de Tecnologia. A Seal Tecnologia apresentou como funcionam as etiquetas eletrônicas de prateleira (electronic shelf label, ou ESL) no segmento nacional de supermercados, lojas de departamentos e varejo.

São dispositivos digitais com tela de cristal líquido que, instalados nas gôndolas, exibem preços, promoções e características técnicas dos produtos, além de dados gerenciais, como disponibilidade em estoque, facing e margem de vendas de cada item. O primeiro motivador desta tecnologia é oferecer um serviço diferenciado na gôndola para o consumidor e eliminar os problemas verificados entre preços diferenciados na gôndola e no caixa no momento em que a operadora de caixa passa o produto.

Já a RFID (identificação por radiofrequência) permite o rastreamento de produtos, em tempo real, por toda a cadeia de produção, proporcionando ganhos de produtividade operacional e garantindo a segurança na manipulação e comercialização de diferentes itens. A tecnologia também garante agilidade de pagamento, diminuindo as filas nos caixas, pois vários itens podem ser registrados ao mesmo tempo.

O diretor de Marketing e Vendas da Seal Tecnologia, Wagner Bernardes, disse que o varejista brasileiro já está percebendo que precisa ter bons níveis de automação na loja para ser competitivo e oferecer melhor serviço.

Seal Tecnologia

A Seal atua há mais de 20 anos no mercado de computação móvel e de captura automática de dados, levando soluções completas de mobilidade e automação a diversos segmentos de mercado.

Entre os mais de 2 mil clientes que formam a sua base instalada, estão 400 das 500 maiores empresas brasileiras, de acordo com ranking da revista Exame. Em 2010, a Seal foi classificada na terceira posição entre as empresas brasileiras de automação comercial no ranking da Exame; na 33ª posição no ranking da ComputerWorld, que listou as 300 maiores empresas de tecnologia; e na 131ª posição entre as 200 maiores empresas de tecnologia no ranking da Informática Hoje.

Com projetos que totalizam mais de 13 milhões de km² de área coberta com redes de radiofrequência, incluindo 40 mil coletores de dados, 5 mil pontos de acesso e 300 mil leitores de código de barras, a Seal manteve-se em 2010 entre os líderes no volume de soluções implementadas, com projetos voltados para depósito e fábrica, desenvolvidos em cerca de 500 empresas.

A Seal foi a responsável por introduzir e difundir no Brasil a cultura de utilização do código de barras, tendo desenvolvido também o primeiro projeto piloto de RFID (identificação por radiofrequência) da América Latina.


Veículo: DCI