Notícias do setor
Economia
Jurídico
Tecnologia
Carnes / Peixes
Bebidas
Notícias ABRAS
Geral
Redes de Supermercados
Sustentabilidade
Estaduais
 



Você está em:
  • Notícias do setor »
  • Jurídico

Notícias do setor - Clipping dos principais jornais e revistas do Brasil

RSS Jurídico

31/01/2014 16:29 - e-Social: Questões ligadas à saúde terão que ser agrupadas

No âmbito da medicina do trabalho, os procedimentos introduzidos pelo eSocial vão exigir maior agilidade por parte das empresas para reunir dados referentes a eventos, que o novo sistema classifica como "não periódicos". Neste grupo entram as informações como admissões e afastamento de funcionários por problemas de saúde. De acordo com os especialistas que atuam na área de legislação trabalhista e profissionais de recursos humanos, será um grande desafio transportar para o meio digital todas as informações contidas em guias, laudos e outros documentos referentes à área de saúde. Esse cenário ocorre em função de haver inúmeros dados que são apresentados em formulários específicos, em papel, e também costumam ser arquivados em meio físico, pelas empresas e pelos prestadores de serviços, como clínicas.


O advogado Luiz Antonio Alves Gomes, sócio do escritório Renault Advogados Associados, destaca que a implantação do eSocial não cria obrigações trabalhistas. "Haverá uma modificação na forma de fornecer as informações trabalhistas para o governo federal. As empresas que já possuem uma boa estrutura de RH, de segurança e medicina do trabalho, além de acesso a consultoria jurídica, terão muito mais facilidade em se adaptar às novas rotinas."


Gomes explica que o eSocial divide as informações em eventos iniciais, como cadastramento de uma empresa; eventos de tabelas, tabelas referentes a cargos e horários; eventos periódicos, que são, por exemplo, remuneração e pagamentos de diversas naturezas; e eventos não periódicos, como admissões e afastamentos de funcionários. Segundo o advogado, mesmo antes da aplicação do eSocial, há um sentimento geral de que as maiores dificuldades estarão relacionadas aos prazos para inserir informações dos "não periódicos".


Ele chama a atenção para os dados referentes à saúde dos funcionários. "Será possível encontrar mais rapidamente dados que estão em desacordo, ao comparar as informações da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Além disso, ficará mais fácil para o governo identificar a própria ausência de informações obrigatórias. Um exemplo claro se refere ao atestado de saúde ocupacional, que deve ser realizado na admissão, na demissão e de forma periódica, este último muitas vezes é negligenciado."


Gomes chama a atenção também para informações referentes ao laudo de insalubridade. "Outra norma já existente que passará a ser cobrada diz respeito à elaboração de laudo de insalubridade, confeccionado por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. O eSocial irá exigir dados sobre fatores de risco e equipamentos de proteção disponibilizados aos empregados", completa.


Luiz Claudio Garcia, sócio e diretor executivo da Personal Service, empresa que emprega cerca de 13 mil colaboradores e oferece serviços desde limpeza e conservação à área de engenharia para 160 empresas em 12 Estados, está otimista com relação à adoção do eSocial. "Investimos em sistema para tratar todas as informações referentes a nossos colaboradores em meio digital. Temos uma área interna dedicada a controles de saúde ocupacional e tratamos com muito rigor temas como insalubridade e riscos. Portanto, a adoção do eSocial trará mais tranquilidade para nossos clientes", afirma Garcia.


Nos departamentos de RH há uma preocupação com relação à documentação que envolve as informações médicas dos funcionários e colaboradores. Gisele Sacarlateli, gerente de RH do grupo Toque a Campainha, explica que haverá um período de adaptação, porque nem todos os envolvidos na área de medicina do trabalho estão preparados já para trabalhar 100% em meio digital.


Flavia Lepique, sócia responsável pela área trabalhista do escritório, diz que a legislação que abrange a área médica e de segurança do trabalho apresenta um universo de mais de cinco mil normas, que exigem prazos de cumprimento. Por outro lado, trata-se de uma área reconhecida por apresentar muitos documentos em meio físico. "Há pilhas de documentos nas empresas referentes à área de saúde. Isso exigirá um empenho do RH para manter o rigor das informações e cumprir prazos."


Por Suzana Liskauskas | Para o Valor, do Rio

 

 

Fonte: Valor Econômico (31.01.2014)

 

Enviar para um amigo
Envie para um amigo
[x]
Seu nome:
E-mail:
Nome do amigo:
E-mail do amigo:
Comentário
 

 

Veja mais >>>

25/07/2025 14:04 - LEI Nº 15.179, DE 24 DE JULHO DE 2025
25/07/2025 14:03 - Mantida justa causa de açougueira que pesava carnes caras com códigos de carnes baratas para favorecer conhecidos em Uberlândia
25/07/2025 14:02 - Financeiras poderão exercer atividade de fintech de crédito
25/07/2025 13:49 - Confira os feriados de agosto que suspendem atendimento na 2ª Região
24/07/2025 14:13 - Carf cancela multa por falta de homologação de dívida
24/07/2025 14:13 - Justiça confirma justa causa de frentista que bebeu durante expediente
24/07/2025 14:12 - Cancelada Súmula n. 66 do TRT-MG
24/07/2025 14:11 - TRT-RJ amplia uso do Domicílio Judicial Eletrônico para intimações pessoais e atualiza prazos de manifestação
24/07/2025 14:10 - CNJ comunica vazamento de dados de 11 milhões de chaves Pix
23/07/2025 12:30 - MP de compensação do IOF é prorrogada até outubro
23/07/2025 12:30 - Anvisa promove diálogo setorial virtual sobre RDC 843/2024
23/07/2025 12:29 - Anvisa proíbe cosméticos da marca Hemp Vegan
23/07/2025 12:28 - STF valida perda extrajudicial de bens em caso de não pagamento de dívidas
23/07/2025 12:27 - Descumprimento de funções por uso de celular motiva justa causa
23/07/2025 12:26 - TJ-SP lança Diário Eletrônico da Justiça do Estado de São Paulo

Veja mais >>>