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21/10/2009 12:06 - Dólar deve atingir recorde de baixa

Câmbio: Apesar do IOF, perspectiva é de ingresso de recursos, inclusive dos exportadores


  
Os exportadores estão com aproximadamente US$ 16 bilhões no seu caixa no mercado externo acumulados em 12 meses e tendem a entrar com esses dólares no país toda a vez que as cotações da moeda americana forem para cima. Tornam ainda mais difícil, dessa forma, qualquer possibilidade de desvalorização sustentada do real, apesar das tentativas do governo com a criação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 2% sobre títulos de renda fixa e variável para o estrangeiro no país.

 

Por enquanto, ao manter os dólares lá fora, os exportadores têm ajudado a conter uma valorização mais forte do real. Em setembro, apesar do superávit de US$ 1,329 bilhão na balança comercial, os importadores compraram no mercado de câmbio interno US$ 3,225 bilhões a mais do que os exportadores venderam: um recorde histórico, ainda mais para um país de saldo comercial positivo. Com isso, o acumulado em 12 meses vai para US$ 13,811 bilhões, um recorde.

 

"Os exportadores agora não têm mais prazo para ingressar com seus dólares e podem ficar com o dinheiro no exterior esperando um dia de valorização na cotação", afirma Leonardo Lima, diretor-gerente do JPMorgan. Com isso, amenizam a volatilidade no câmbio. Mas, por outro lado, mantêm um estoque de dólares no exterior que pode ingressar no país a qualquer momento se o dólar subir e impedem uma desvalorização do real.

 

Em 12 meses, até setembro, os exportadores venderam efetivamente no exterior US$ 15,844 bilhões a mais do que o câmbio contratado para exportação no período. É um valor semelhante ao total de investimento direto líquido que ingressou no país durante este ano até agosto.

 

O caixa externo dos exportadores contribui para reforçar a posição dos analistas dos bancos, de que, mesmo com o novo imposto, o dólar poderá testar em breve seus recordes nominais atingidos em 2008, quando as cotações bateram R$ 1,56 em agosto. "Os fluxos externos ao Brasil são de natureza estrutural e o IOF só reduz esses fluxos na margem", diz Drausio Giacomelli, estrategista do Deutsche Bank para América Latina e Europa. "O IOF só adiciona areia na engrenagem , mas não muda a sua direção", avalia.

 

Ilan Goldfajn e Aurelio Bicalho, economistas do Itaú, não esperam impactos persistentes no mercado de câmbio com o IOF e mantêm sua projeção de taxa nominal de R$ 1,70 para o fim deste ano. "Avaliamos que a medida pode até ter algum impacto no curto prazo, mas no passado este tipo de ação não se mostrou eficaz para alterar de forma permanente a taxa de câmbio", dizem. Eles lembram que em março de 2008, quando o IOF foi adotado para combater a apreciação do real (alíquota de 1,5%, mas somente sobre fluxos de renda fixa), a taxa de câmbio depreciou-se acima de 4%, para voltar a apreciar-se e o dólar atingir sua cotação mínima de R$ 1,56.

 

Giacomelli acredita que o caminho do dólar até os níveis inferiores ao R$ 1,60 será gradual. Sua cotação provavelmente só chegará lá no primeiro semestre de 2010. "Há menos fundos de hedge alavancados investindo no país hoje do que existia em 2007 e 2008, por causa de menor disponibilidade de crédito", diz. A maior parte do investidor é de fundo mútuo, de pensão ou fundo de "real money", definiu.

 

A maior parte do dinheiro tem vindo mesmo para a bolsa: foram US$ 13,28 bilhões de ingresso líquido de janeiro a agosto, na comparação com os US$ 3 bilhões do mesmo período do ano passado. O ingresso líquido de recursos para títulos de renda fixa negociados no país chegou a apenas US$ 3,442 bilhões neste ano, na comparação com os mais de US$ 15,661 bilhões do mesmo período do ano passado. Os estrangeiros estão ajudando pouco, neste ano, a financiar a dívida interna brasileira.

 

"O diferencial entre os juros da dívida interna, em reais, e os juros em dólar está alto em padrões históricos", diz Giacomelli. Mas a perspectiva de alta na taxa básica Selic em 2010 tem mantido o investidor longe das posições compradas em juros em reais. No mercado futuro da BM&F Bovespa, a posição dos estrangeiros em moeda continua comprada em dólares e não em reais e cresceu para um total de US$ 3,6 bilhões.

 

Giacomelli aposta que há espaço para o investimento em renda fixa no país crescer, apesar do IOF. Ele diz que, inicialmente, os investidores decidiram comprar títulos de renda fixa brasileiros no exterior, em dólar, mas hoje os prêmios de risco caíram muito no mercado internacional. Não é à toa que a Petrobras está para lançar papéis com dois prazos diferentes: uma parcela de prazo de vencimento em 10 anos e outra de prazo de vencimento em 30 anos.

 

No mercado interno, segundo os rankings da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), o total de ativos externos sob custódia que entraram no país para renda fixa e ações por meio das regras da circular 2689 foi a R$ 368,59 bilhões em agosto, bem próximo do total de R$ 370,4 bilhões de junho do ano passado. Em setembro do ano passado, o volume caiu para R$ 295 bilhões e em dezembro, para R$ 247,66 bilhões. O ingresso foi de R$ 121 bilhão somente neste ano.
 

 

Veículo: Valor Econômico

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