Notícias do setor
Economia
Jurídico
Tecnologia
Carnes / Peixes
Bebidas
Notícias ABRAS
Geral
Redes de Supermercados
Sustentabilidade
Estaduais
 





Você está em:
  • Notícias do setor »
  • Economia

Notícias do setor - Clipping dos principais jornais e revistas do Brasil

RSS Economia

24/08/2021 15:44 - Ipea revisa projeção de inflação no ano para 7,1%

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) alterou a projeção para a inflação deste ano. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi revisto de 5,9% para 7,1%. Parte da explicação para a mudança é a expectativa de reajustes mais acentuados para a gasolina e a energia elétrica, que remete a uma elevação da projeção de preços monitorados de 9,5% para 11%. Outra pressão vem dos preços dos alimentos no mercado internacional, que devem fechar o ano acima do esperado anteriormente, em particular as proteínas animais. Esse movimento eleva a projeção da inflação dos alimentos de 5% para 6,9%.

 

Os dados estão na Nota de Conjuntura sobre Inflação com informações até julho e a projeção para 2021, divulgada hoje (24).

 

"Boa parte dessa revisão grande que a gente fez de IPCA é por conta do que já aconteceu. De fato, o IPCA recente surpreendeu negativamente. Quando a gente fez a última previsão lá atrás, não se esperava reajuste na bandeira. A gente já estava em bandeira nível 2, mas não esperava ter esse reajuste na tarifa e as commodities que continuaram crescendo ao longo dos meses, então, boa parte dessa revisão que a gente fez no IPCA já está muito contratado do que aconteceu", explicou a autora do estudo e pesquisadora do Grupo de Conjuntura do Ipea, Maria Andréia Lameiras, em entrevista à Agência Brasil.

 

Quanto ao mercado internacional, é esperada a pressão vinda das matérias-primas, que combinada com o aumento da utilização da capacidade instalada na indústria e os estoques abaixo do nível desejado, são fatores para a manutenção de alta nos preços dos bens industriais. A projeção de inflação do segmento subiu de 4,8% para 6,6%. A aguardada retomada do setor de serviços trouxe o avanço da inflação desse segmento em ritmo maior que o esperado inicialmente. A previsão, então, passou de 4% para 5%.

 

O Ipea destacou ainda a alta de 4,76% apontada pelo IPCA para o período de janeiro a julho, patamar acima do centro da meta de inflação, de 3,75%. Embora parte dessa pressão inflacionária ser esperada, diante do represamento de reajustes em 2020, as altas consecutivas das cotações das commodities no mercado internacional e os eventos climáticos adversos, como a longa estiagem e a ocorrência de geadas em regiões de produção agrícola, surpreenderam negativamente e desencadearam novos aumentos de preços de alimentos e de energia.

 

INPC
A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 2021 também foi revista, e subiu de 5,1% para 6,4%. A Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea entendeu que a alta da taxa de inflação medida por esse indicador, que atinge as famílias que vivem nas áreas urbanas e com salários que variam de um a cinco salários mínimos, deverá ser pressionada pelos preços monitorados e dos alimentos, com altas previstas de 10,5% e 7,9%, respectivamente. Anteriormente, os percentuais projetados eram de 9,2% e 5,2%, respectivamente.

 

2022
Para o ano que vem, as previsões levam em consideração uma acomodação nos preços internacionais das commodities e na baixa probabilidade de um fenômeno climático adverso intenso, como ocorreu este ano com a falta de chuvas e geadas.

 

Se confirmando as previsões, a pressão sobre alimentos, combustíveis e energia elétrica seria menor. As projeções contam ainda com uma retomada mais forte do mercado de trabalho e os seus efeitos positivos sobre a demanda. Além disso, a sinalização de permanência da trajetória de alta de juros pode contribuir para reduzir as variações de preços de bens e serviços. Foi com este cenário que o Ipea projetou o IPCA em 4,1% e 3,9% para o INPC.

 

O Ipea acrescenta, no entanto, que os riscos à inflação em 2022 seguem associados aos preços das commodities e à taxa de câmbio. De acordo com Maria Andréia Lameiras, para os próximos meses e para 2022, apesar da pressão sobre a inflação possa ser menor do que se verificou até julho, há uma preocupação com os preços livres, como bens industriais e serviços.

 

"[A] Taxa de bens industriais tem pressão de custo, com aumento de commodities que tem impactado o custo de matérias primas. A gente está vendo também o aumento da capacidade instalada, os estoques estavam reduzidos. De fato, tem um movimento de preços administrados e os preços de serviços, que a gente já sabia que ia acontecer e estão se mostrando um pouco mais fortes do que a gente estava prevendo inicialmente", disse.

 

Para a pesquisadora, a vacinação tem avançado rapidamente e em consequência o aumento da mobilidade nas cidades, que vem ocorrendo, está aparecendo no setor de serviços. Isso está gerando uma recomposição mais rápida dos preços de serviços e é esperado que este cenário continue para 2022.

 

"Se olhar que estamos saindo de 7,1% para 4,1% no ano que vem, é um cenário de desaceleração, sim, mas quando a gente olha para o número de 4,1%, ele não é um número confortável e está acima da meta. É um número que vai ser conseguido, mas às custas de continuidade de uma política monetária contracionista. A gente está imaginando que o ciclo de altas de juros do Banco Central vai continuar em 2022 e a gente sabe que isso controla a inflação, mas traz também perda para o nível de atividade. Embora seja um cenário melhor e de desaceleração, ainda não é um cenário inflacionário confortável", disse.

 

Riscos
Conforme a pesquisadora, os riscos para a inflação no ano que vem são a possibilidade de se repetir, pelo segundo ano consecutivo, uma pressão do fenômeno climático La Niña, que interferiria na capacidade dos reservatórios e obrigaria o uso mais demorado de termelétricas, o que encarece o preço da energia. Além disso, um novo reajuste na bandeira 2 traria uma pressão adicional sobre energia elétrica.

 

O quadro se agravaria no caso de manutenção da trajetória de preços de commodities, que pode crescer com uma força maior e gerar novos aumentos, somada à pressão no preço do petróleo. A taxa de câmbio também seria uma influência negativa.

 

"Embora a gente espere um mercado de trabalho mais dinâmico no ano que vem, as previsões de crescimento para o ano que vem ainda estão compatíveis com um cenário que a gente não consegue ver uma explosão na demanda, então, tem o mercado de trabalho melhor, mas as pressões de demanda neste momento não são muito grandes para o ano que vem. Agora, tem um problema crucial, porque se tiver algum movimento ou alguma instabilidade no país que gere um ciclo de desvalorização do câmbio a gente sabe que isso vai bater forte na inflação", explicou.

 

"Ano que vem tem eleição e tem as reformas que ainda estão paradas no Congresso, e isso está trazendo alguma instabilidade. Se a gente tiver esse cenário de nova crise climática, aceleração grande de preços de commodities e, principalmente, o câmbio desvalorizando, de fato o 4,1% [para o IPCA] acaba sendo uma previsão otimista. Nesse momento, a gente não vislumbra nenhuma dessas três coisas, mas os riscos existem e não podem ser desconsiderados", disse.

 

Fonte: Agência Brasil

Enviar para um amigo
Envie para um amigo
[x]
Seu nome:
E-mail:
Nome do amigo:
E-mail do amigo:
Comentário
 

 

Veja mais >>>

28/06/2024 10:20 - GPA conclui processo de venda de postos de combustíveis
27/06/2024 09:00 - Grupo Zaffari anuncia investimento de R$ 1,5 bilhão em novos empreendimentos
24/06/2024 11:21 - Rede Festival implanta soluções para gestão de frota e reduz custos
21/06/2024 09:05 - Spani anuncia investimento de R$ 45 milhões com nova loja Paulínia
20/06/2024 09:06 - Flex Atacarejo prevê aumento nas vendas durante as festas juninas
18/06/2024 08:46 - ExpoSuper 2024 promete movimentar mais de R$ 1 bilhão no setor supermercadista catarinense
13/06/2024 09:25 - Com aquisição, rede britânica avança em foodservice
06/06/2024 09:30 - Festa Junina: supermercadistas esperam aumento nas vendas de produtos típicos
31/05/2024 10:19 - Consumidores americanos voltam a preferir supermercados
28/05/2024 09:06 - Varejista europeu busca expansão com abordagem múltipla
24/05/2024 10:05 - DM assina parceria com o Grupo Aliança
23/05/2024 08:50 - Trader Joe’s: consumidor quer valor, não preço
22/05/2024 09:28 - Paderrí investe na categoria de pães e bolos, trazendo maior valor agregado para o mercado
22/05/2024 09:22 - Satisfação do consumidor em abril atinge 77,95% na região Centro-Oeste do País
21/05/2024 09:46 - Com investimento de R$ 45 milhões, Arena Atacado anuncia nova loja em Cosmópolis, SP

Veja mais >>>