Economia
09/04/2019 11:22 - Vendas do comércio ficam estáveis em fevereiro, diz IBGE
As vendas do comércio varejista brasileiro ficaram estáveis em fevereiro, na comparação com o mês anterior, após avanço de 0,4% em janeiro, segundo dados divulgados nesta terça-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Já na comparação com fevereiro de 2018, o comércio varejista cresceu 3,9%, a sétima taxa positiva seguida e a maior desde novembro do ano passado (4,5%).
“A magnitude desse crescimento de fevereiro tem a ver, em parte, com o efeito do calendário, já que em 2019 tivemos dois dias úteis a mais que em fevereiro de 2018”, explicou Isabella Nunes, gerente da Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE.
Perda de tração
No acumulado nos dois primeiros meses do ano, contra igual período de 2018, o volume de vendas subiu 2,8%. Em 12 meses, o setor registrou alta de 2,3% em fevereiro, permanecendo praticamente estagnado pelo 3º mês seguido, o que mostra um ritmo de recuperação ainda lento e sem ganho de tração.
Segundo o IBGE, o patamar de vendas do comércio segue 6,6% abaixo de seu ponto mais alto, alcançado em outubro de 2014.
Para a gerente do IBGE, embora tenha perdido tração, o comércio varejista segue apresentando recuperação, ainda que lenta. “Isso fica claro quando analisamos bimestralmente. O acumulado do primeiro bimestre deste ano foi o melhor resultado dos últimos cinco bimestres. Comparando com os bimestres de 2018, ele (o setor) vem ganhando ritmo de crescimento”, destacou.
Desempenho por atividade
Das atividades pesquisadas pelo IBGE, 4 registraram alta e 4 registraram queda no volume de vendas em fevereiro, na comparação com janeiro.
Entre os setores em alta, o destaque foi para tecidos, vestuário e calçados (4,4%), seguido por outros artigos de uso pessoal e doméstico (1%). Já as principais pressões negativas vieram de combustíveis e lubrificantes (-0,9%), e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,7%).
A queda nas vendas nestes setores está relacionada com preços mais caros. Segundo a coordenadora da pesquisa, em fevereiro do ano passado, o item alimentação no domicílio, por exemplo, apresentou deflação de 3,81%, enquanto em fevereiro deste ano tive alta de 6,32%.
O indicador de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, recuou 0,8% frente a janeiro.
Veja o desempenho de cada segmento:
· Combustíveis e lubrificantes: -0,9%
· Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: -0,7%
· Tecidos, vestuário e calçados: 4,4%
· Móveis e eletrodomésticos: -0,3%
· Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria: 0,1%
· Livros, jornais, revistas e papelaria: 0,2%
· Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: -3%
· Outros artigos de uso pessoal e doméstico: 1%
· Veículos, motos, partes e peças: -0,9%
· Material de construção: -0,3%
“De forma geral, todas as atividades, exceto livros, mostram estabilidade nos (acumulado em) 12 meses", disse Isabella Nunes.
Vendas caem em 15 das 27 unidades da Federação
Segundo o IBGE, apesar da estabilidade no balanço geral das vendas do comércio em fevereiro no país, 15 das 27 unidades da Federação registraram resultados negativos. As maiores quedas foram no Paraná (-1,5%), Distrito Federal (-1,1%) e Piauí (-1,1%). Já os destaques de alta foram Tocantins (8,9%), Espírito Santo (5,0%) e Sergipe (2,6%).
Recuperação lenta e perspectivas
A recuperação do setor, assim como a do restante da economia brasileira, segue em ritmo lento, com um nível de consumo ainda bem abaixo do período pré-recessão.
A produção industrial, por exemplo, cresceu 0,7% em fevereiro, mas ainda acumula queda no ano.
Pesquisa Focus realizada pelo Banco Central e divulgada na véspera mostrou que o mercado reduziu a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2019 pela 6ª semana consecutiva. A expectativa é de uma alta de crescimento de 1,97 do PIB neste ano, após alta de 1,1% em 2018 e 2017.
Fonte: G1

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