Economia
21/08/2017 11:57 - Incentivo à economia solidária gera R$ 14 mi a SP
São Paulo - Por meio de políticas de incentivo à economia solidária no estado de São Paulo, entre 2011 e 2016, o Ministério do Trabalho estima que R$ 14,4 milhões foram gerados para o local em um ano.
A projeção, divulgada na última sexta-feira, foi realizada pela Seção de Economia Solidária da Superintendência Regional do Trabalho em São Paulo (SRT-SP) e concentrou-se nas modalidades de ações integradas de apoio à implantação de iniciativas municipais (que visam a superação da extrema pobreza) e de catadores e catadoras de materiais recicláveis e reutilizáveis na cidade.
Para estimar o fluxo mensal de benefícios gerado foi realizada uma simulação em que 5% do total de beneficiários na modalidade de catadores (47 mil) e 1% das ações integradas (16,2 mil) receberam um salário mínimo por mês, no período de análise.
A taxa de desconto utilizada nas simulações foi a taxa básica de juros (Selic) real (0,54%), calculada a partir da Selic nominal acumulada do mês de fevereiro de 2017 (0,87%), descontando-se a inflação do mesmo mês (0,33%), medida, por sua vez, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A geração de renda mensal esperada na modalidade de ação integrada é de R$ 440,7 mil, ou seja, um total anual de R$ 5,29 milhões. No caso dos catadores, o fluxo mensal de benefícios gerados é de R$ 761 mil, totalizando, em um ano, mais de R$ 9 milhões. Assim, o investimento realizado terá a capacidade de gerar mais de R$ 14,4 milhões ao ano nas duas modalidades.
"Ainda que se considerem cenários conservadores para a simulação, a geração de renda, o fortalecimento e a dinamização das economias locais são expressivas", disse a chefe da Seção de Economia Solidária da SRT/SP, Viviani Renata Anze, por meio de nota.
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, também em nota, destacou que "os dados indicam o potencial das políticas de economia solidária como estratégia de geração de renda e de oportunidade de trabalho às populações mais vulneráveis do estado".
Segundo a pasta, o investimento feito pelo governo federal nas redes de cooperativas de catadores será capaz de, em seis meses, gerar o mesmo valor investido em pouco mais de um ano. "Considerando o tempo de retorno dos investimentos realizados observa-se que as políticas de incentivo à economia solidária são opções atrativas para a alocação de recursos do orçamento do governo federal, mesmo se levarmos em conta o custo de oportunidade para o gasto governamental, que, no caso analisado, foi representado pela taxa Selic mensal", explica Viviani.
Fonte: DCI São Paulo
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