São Paulo - O Dia dos Pais deve impulsionar as vendas do varejo brasileiro. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a data deve movimentar R$ 5,2 bilhões no País, uma alta de 3,1% em relação ao mesmo período em 2016.

Responsável por 8,3% do faturamento do setor em agosto, a data representa uma chance para incrementar as vendas. Com oportunidades mais acessíveis nas gôndolas, fator decorrente das recentes quedas na taxa de juros e inflação, a entidade espera que segmentos como hiper e supermercados, artigos de uso pessoal e domésticos, e vestuário e calçados se destaquem.

"A queda das taxas de juros, influenciada pela desaceleração da inflação, contribuirá para reverter as perdas do setor nos últimos anos no Dia dos Pais", ressalta o economista da CNC, Fabio Bentes.

Apesar da estimativa de crescimento no faturamento real, o incremento não deve ser suficiente para compensar a perda acumulada nos últimos dois anos. Para a data, as vendas no segmento de hiper e supermercados devem representar 34,4% do total, alcançando R$ 1,96 bilhão. O ramo de artigos de uso pessoal e doméstico deve movimentar R$ 712,3 milhões, e vestuário e calçados: R$ 656,3 milhões.

Segundo a CNC, metade dos 16 itens que compõem a cesta de bens ou serviços mais demandados no Dia dos Pais deverá estar mais barata em 2017. Nesse contexto, destacam-se as retrações nos preços de bens de consumo duráveis, como: microcomputadores (-16,3%), aparelhos telefônicos (-9,0%), relógios de pulso (-3,5%), além de aparelhos de som (-2,0%) e TVs (-1,7%). Por outro lado, serviços de alimentação fora do domicílio (+4,3%) e ingressos para cinema (+7,4%) estão mais caros.

Mais contratações

A leve recuperação das vendas poderá provocar um ligeiro aumento na contratação de trabalhadores temporários. A expectativa da CNC é que 22,3 mil trabalhadores sejam contratados para atender à demanda sazonal nos segmentos impactados pelo Dia dos Pais.

Com perspectiva de oferta de 5,8 mil postos temporários, o segmento de hipermercados e supermercados deverá responder por 26% das contratações do varejo. Além disso, as lojas de vestuário e calçados devem contratar 19% do total, o equivalente a 4,2 mil vagas. Com isso, estima-se que o salário médio de admissão seja de aproximadamente R$ 1.220.

Fonte: DCI São Paulo