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23/05/2017 10:58 - Crise política deve retardar retomada do varejo por pelo menos mais um ano

São Paulo - As incertezas impostas pela nova crise política, que atingiu o governo Temer na semana passada, devem retardar a retomada do varejo. A expectativa do setor agora é fechar o ano com retração. A turbulência fará com que consumidores fiquem receosos e empresários entrem em compasso de espera, segurando os aportes.

 

A avaliação é do presidente do Instituto Brasileiro de Executivos do Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar), Claudio Felisoni, e do diretor geral da consultoria GS&MD, Marcos Gouvêa de Souza. "A recuperação do setor, que já vinha tímida nos primeiros meses do ano, foi fortemente fragilizada. O cenário deve retardar a retomada por um período que ainda não se tem dimensão", afirma Felisoni.

 

Até a semana passada, o instituto tinha projeção de um crescimento de até 1% para o ramo no consolidado do ano. Após os eventos, desencadeados com a divulgação do áudio de conversa entre o presidente Temer e Joesley Batista, da JBS, o executivo diz que é bem provável que o avanço não ocorra.

 

A visão se dá por conta do impacto que a crise política terá na confiança do consumidor e nas perspectivas de investimentos do empresariado. "As pessoas compram com base na renda real e na possibilidade de manter o fluxo de renda. Com esse cenário, aquele que está empregado fica preocupado se vai conseguir manter o emprego, e quem está desempregado tem menos perspectiva de encontrar um posto de trabalho. Tudo isso abala o consumo."

 

O fundador da GS&MD, Gouvêa de Souza, também prevê um impacto negativo no desempenho do setor, que deve variar dependendo dos desdobramentos da crise política. Já no curto prazo ele prevê que o varejo tenha uma retração adicional, invertendo a tendência de curva que sinalizava para uma melhora no volume de vendas. "A situação necessariamente postergará a retomada do setor", afirma.

 

A consultoria ainda não estima a dimensão do impacto para o resultado do consolidado do ano, mas o executivo diz que há uma tendência clara de que o desempenho seja pior do que as projeções feitas anteriormente. "Se será negativo vai depender do tempo para que a solução seja desenhada."

 

A Confederação Nacional do Comércio (CNC) vai na mesma linha, e aponta que a recuperação do setor, que já vinha lenta, deve demorar ainda mais. "O principal prejuízo é o atraso nas reformas [trabalhista e da previdência], e o ciclo de juros. O BC [Banco Central] estava com uma disposição para reduzir a Selic, mas agora não se sabe mais como será", afirma a assessora econômica da entidade, Juliana Serapio. A CNC, no entanto, ainda não revisou a projeção de crescimento de 1,5% para o varejo no ano. Segundo Serapio, ainda é cedo para ter uma medição precisa do tamanho do impacto.

 

Visão do empresário

Do ponto de vista do empresariado, entidades do ramo mostram preocupação com o cenário, principalmente em relação a aprovação das reformas trabalhista e da previdência, mas dizem que ainda é cedo para mudar as projeções.

 

O presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), Antonio Carlos Pipponzi, afirma que o momento é de espera. "Estamos apreensivos, mas sem uma mudança radical nas nossas políticas e nos nossos projetos", diz. A entidade tem como associadas empresas como o Grupo Pão de Açúçar (GPA), Magazine Luiza, Carrefour, Renner, Lojas Americanas, entre outras.

 

O presidente da Associação Brasileiro de Lojistas de Shopping (Alshop), Nabil Sahyoun, também afirma que os varejistas ligados à entidade estão em compasso de espera e que o grande receio é em relação a aprovação das reformas trabalhista e da previdência. "Nossa maior preocupação no momento é em como tudo isso pode impactar nas reformas. Porque se elas não passarem, os investimentos vão parar."

 

O presidente do IDV acrescenta ainda que o cenário, que vinha favorável e até com um otimismo renascendo, paralisou. "O aquecimento de novos projetos e investimentos vai ter um freio momentâneo", diz.Assim como a Alshop, a maior preocupação do IDV também é a aprovação das reformas.

 

 


Fonte: DCI São Paulo

 

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