A Bovespa fechou em queda ontem (4), pressionada pela queda do preço das commodities no mercado internacional e com a percepção de que o governo deve enfrentar dificuldades para aprovar a reforma da Previdência no Plenário da Câmara dos Deputados, segundo a Reuters.

O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira, caiu 1,86% neste pregão e fechou a 64.862 pontos. Os receios sobre a economia brasileira e a votação da reforma da Previdência também levaram a uma alta do dólar nesta quinta-feira.

As ações das mineradoras e siderúrgicas refletiam a queda do preço de contratos futuros de minério de ferro no mercado chinês. Os papéis de CSN e Metalúrgica Gerdau lideraram as perdas do Ibovespa, com queda de 6,84% e 6,43%, respectivamente. A ação preferencial da Vale caiu 3,82% na quinta-feira (4).

Já os papéis preferenciais da Petrobras se desvalorizaram 3,95%, diante da redução do preço internacional do barril de petróleo.
Os destaques positivos do pregão foram os papéis da Ambev, que subiram 2,53% no pregão de quinta-feira. A empresa divulgou seus resultados financeiros do primeiro trimestre que mostraram expansão das vendas de cerveja no Brasil.

Reforma da Previdência
Na quarta-feira, a comissão especial da reforma da Previdência da Câmara aprovou o texto-base, com voto favorável de 23 dos 37 integrantes, placar que não indica uma vitória com folga mais à frente na votação em plenário, onde são necessários 308 votos favoráveis em dois turnos de votação.

"A votação (em plenário) não está marcada, mas novas concessões deverão ser feitas para que se consiga o mínimo de votos", escreveram analistas da corretora Lerosa Investimentos, acrescentando que essa apreensão pode pesar sobre o ânimo dos investidores nos próximos pregões.

Na véspera, o Ibovespa caiu 0,94%, a 66.093 pontos.

Fonte: G1