Das 20 cidades que compõem a região metropolitana, Holambra é a única a investir na decoração para a data comemorativa; prefeituras como a de Paulínia dizem não dispor de recursos para isso

São Paulo - O Natal na Região Metropolitana de Campinas vai ser mais enxuto este ano. Dos 20 municípios que compõem a região, apenas a cidade de Holambra dedicou um investimento maior à data comemorativa. As demais cidades optaram por não alocar recursos para isso ou reciclaram a decoração do ano passado.

Segundo a secretária de Turismo de Holambra, Alessandra Caratti, neste ano o município investiu R$ 75 mil na decoração natalina. Segundo ela, o valor ainda é menor do que o investido no ano passado. "Optamos por decorar apenas as vilas centrais e reutilizar os equipamentos do ano passado. Este ano só inauguramos três novas vilas temáticas e utilizamos maõ de obra local para instalar a decoração", disse. A secretária comentou que a prefeitura sentiu a queda da arrecadação por conta da crise, mas o orçamento público não foi tão afetado porque a cidade ainda atrai grande quantidade de turistas da região e de todo o Brasil no maior evento de exposição de flores, a Expoflora.

Alessandra observou que a cidade também costuma receber turistas da região nesta época do ano. "Até o momento já recebemos 75 mil turistas e esperamos fechar o ano com cerca de 100 mil visitas", disse. Para a secretária, a expectativa é superar em 25% as visitas em comparação ao ano passado (80 mil visitantes) por conta da falta de atrações nas cidades vizinhas. "Nos anos anteriores, quando a crise ainda não tinha afetada de maneira generalizada os municípios, já recebíamos grande quantidade de turistas da região. Este ano estamos mais esperançosos porque sabemos que muitas cidades estão sem Natal", acrescentou.

Sem recursos
Em nota, a prefeitura de Valinhos informou que este ano "a decoração natalina foi limitada a quatro pontos pré-definidos: em frente ao Paço Municipal, Largo São Sebastião, Praça dos Imigrantes e Praça Washington Luiz, por uma questão de economia de recursos." De acordo com a prefeitura, a principal atração, como nos anos anteriores, continua sendo a Casinha do Papai Noel, sem maiores investimentos ou novidades.

A prefeitura de Paulínia não realizou decoração de Natal neste ano. Em nota, a prefeitura disse que "o motivo foi a queda na arrecadação, gerada pela crise econômica nacional". A prefeitura explicou que "neste momento, optou por destinar seus recursos à garantia e qualidade dos serviços públicos, como saúde, educação, limpeza urbana, e pagamento dos salários dos servidores em dia." A Prefeitura de Campinas também não alocou recursos financeiros para a data comemorativa.

Segundo o Secretário de Cultura de Campinas, Ney Carrasco, a cidade não conseguiu reciclar materiais de anos anteriores porque a iluminação de natal era licitada. "Este ano não abrimos a licitaçõa porque a prefeitura não tinha recursos para contratar uma empresa", afirmou.

O secretário comentou que este ano a prefeitura optou por manter os recuros para serviços essencias. Segundo ele, a decoração de natal na cidade ficou por conta da iniciativa privada e das Associações de Comércio. "A Associação Comercial e Industrial de Campinas iluminou a região central e fez a casa do Papai Noel porque para eles é importante esta época do ano. Nós (prefeitura) só entramos com parceria mas sem disponibilizar rercursos financeiros", afirmou. De acordo com um levantamento do IBGE, de 2013, das 20 regiões, Campinas é a que gera mais riquezas para o País, seguido de Paulínia.

Luana Meneghetti

Fonte: DCI - São Paulo