Economia
23/03/2009 10:12 - Argentina defende barreiras ao Brasil
Ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, defendeu, na sexta-feira, as medidas protecionistas tomadas por seu governo para restringir a entrada de produtos importados, atingindo as mercadorias brasileiras. Ela argumentou que o déficit na balança comercial entre os dois países justifica as decisões.
A presidente argentina, que esteve em São Paulo chefiando uma delegação de 500 empresários argentinos, classificou o déficit argentino de US$ 4 bilhões no comércio bilateral no ano passado como um desempenho "monstruoso".
"Uma licença (de importação) não automática pode parecer uma medida protecionista em matéria comercial. Então poderíamos verificar que há medidas protecionistas de um lado e de outro. Talvez umas sejam menos perceptíveis que outras, mas existem em matéria fiscal, de financiamento e monetária (no Brasil)", disse ela a jornalistas.
Kirchner apontou a desvalorização do real frente ao dólar, os benefícios fiscais que os estados brasileiros concedem às indústrias e o tamanho diferente das economias dos dois países, com preponderância para o Brasil, como fatores que desequilibram a relação comercial entre os dois países.
Valores mínimos. Neste ano, o governo argentino aumentou os valores mínimos de importação para 800 produtos, que atingiram as mercadorias brasileiras, e instituiu licenças prévias para desembarques no país.
"As medidas políticas não são tomadas no marco de uma igualdade. É natural que as economias que têm menos desenvolvimento, menos volume e com déficit estrutural em sua balança comercial, como a que mantém a Argentina com Brasil, façam algumas medidas para não aprofundar esse déficit comercial", explicou.
Ela rechaçou, no entanto, que tenha tomado medidas protecionistas. "Pretender que a licença não automática para não aprofundar o déficit comercial monstruoso é uma medida protecionista, é um exercício de reducionismo ou a visão de só uma parte dos interesses", afirmou, defendendo que a relação entre Argentina e Brasil deve ser de integração e não de "cooptação".
Falando antes dela, Lula amenizou as recentes críticas ao protecionismo, quando disse que o mecanismo comercial não é a saída para os países em crise. "O protecionismo é quase como se fosse uma religião, quando acontece qualquer coisa aqui no Brasil, na Argentina, nos EUA e na Europa todo mundo quer defender suas empresas, emprego, economia. Isso é normal e nós não precisamos encarar como se fosse uma coisa insolúvel", afirmou o presidente. "Penso que o que precisamos é ter uma proteção enorme contra o dumping."
Quanto à Argentina, afirmou que é preciso discutir para se chegar a uma definição dos preços equivalentes, "para que a economia de um país não sufoque a economia de outro país" e depositou o tema nas mãos dos empresários argentinos e brasileiros.
Veículo: Jornal do Commercio - RJ
Veja mais >>>
03/01/2025 10:43 - Pix já é a forma de pagamento mais usada no Brasil28/06/2024 10:20 - GPA conclui processo de venda de postos de combustíveis
27/06/2024 09:00 - Grupo Zaffari anuncia investimento de R$ 1,5 bilhão em novos empreendimentos
24/06/2024 11:21 - Rede Festival implanta soluções para gestão de frota e reduz custos
21/06/2024 09:05 - Spani anuncia investimento de R$ 45 milhões com nova loja Paulínia
20/06/2024 09:06 - Flex Atacarejo prevê aumento nas vendas durante as festas juninas
18/06/2024 08:46 - ExpoSuper 2024 promete movimentar mais de R$ 1 bilhão no setor supermercadista catarinense
13/06/2024 09:25 - Com aquisição, rede britânica avança em foodservice
06/06/2024 09:30 - Festa Junina: supermercadistas esperam aumento nas vendas de produtos típicos
31/05/2024 10:19 - Consumidores americanos voltam a preferir supermercados
28/05/2024 09:06 - Varejista europeu busca expansão com abordagem múltipla
24/05/2024 10:05 - DM assina parceria com o Grupo Aliança
23/05/2024 08:50 - Trader Joe’s: consumidor quer valor, não preço
22/05/2024 09:28 - Paderrí investe na categoria de pães e bolos, trazendo maior valor agregado para o mercado
22/05/2024 09:22 - Satisfação do consumidor em abril atinge 77,95% na região Centro-Oeste do País