Economia
22/09/2015 10:03 - Índice do BC mostra recuo de 0,02% na economia em julho
A economia brasileira encolheu 0,02% em julho, segundo o IBC- Br, índice de atividade criado pelo Banco Central ( BC). O número veio melhor do que a expectativa dos especialistas, de queda de 0,3%. No entanto, a série histórica reforça o pessimismo em relação ao turbulento cenário econômico do país, que, segundo analistas, beira a estagflação, um fenômeno que se caracteriza pela economia estagnada e os preços em forte alta. Os dados do BC mostram que, nos últimos 12 meses, o recuo da atividade econômica é de 1,89%. Houve uma piora da retração da economia, já que, até o mês anterior, a queda do “PIB do BC” em 12 meses era de 1,64%. Somente neste ano, a economia brasileira já recuou 2,71%, em relação ao mesmo período do ano passado.
— Começamos o segundo semestre com o pé esquerdo, e mesmo a melhora relativa do setor externo, com superávit de US$ 6,5 bilhões, não deve ser suficiente para entregar um resultado positivo no terceiro trimestre — avalia o economistachefe da corretora Gradual, André Perfeito.
Revisão de junho melhora dado
Esse cenário, de crise econômica e política, tem efeito direto nas expectativas. “Esperamos que a economia continue a enfrentar ventos contrários do ajuste fiscal e parafiscal em curso, taxas de juros mais elevadas, condições cada vez mais exigentes de crédito, rápido enfraquecimento do mercado de trabalho, maiores níveis de fechamento em setores industriais importantes, tarifas públicas e impostos mais altos, níveis elevados de endividamento das famílias, demanda externa fraca, preços das matérias- primas em patamar baixo, incerteza política e confiança de consumidores e empresas extremamente deprimida”, previu o economistachefe para a América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, em comunicado a clientes.
O IBC- Br de julho veio melhor do que o esperado porque o dado do mês anterior foi fortemente revisado. Em junho, a economia encolheu 0,73%, e não 0,58% como divulgado anteriormente. Uma retração maior era esperada por causa dos dados preliminares dos setores. A produção industrial, por exemplo, encolheu 1,5% em julho, segundo o IBGE. As vendas no varejo tiveram, naquele mês, a sexta queda consecutiva, de 1%.
Para o economista- chefe da corretora Canepa, Alexandre Póvoa, a retração teria um efeito positivo, que é brecar a crescente inflação. Porém, isso não tem ocorrido devido a incertezas no campo político.
— O caminho não é tão óbvio como era anteriormente. A grande discussão é como o BC vai sair de uma inflação de 9,5% para a meta de 4,5% no ano que vem com o impacto do dólar. Estamos partindo para uma estagflação — ressalta Póvoa.
Veículo: Jornal O Globo - RJ
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