Economia
04/09/2015 12:10 - Inflação desacelera com alimentos mais baratos
A inflação percebida pelas famílias de menor renda cedeu em agosto por causa da queda dos preços de alimentos, energia e roupas
Os alimentos ficaram mais baratos em agosto e trouxeram alívio ao bolso dos consumidores de baixa renda. As tarifas de energia elétrica também deram uma trégua, e os preços das roupas caíram. Diante desses impactos, o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) subiu 0,06% no mês passado, bem menos do que a alta de 0,68% em julho, segundo a FGV (Fundação Getulio Vargas).
Ao todo, quatro das oito classes de despesa desaceleraram na passagem do mês, mas a principal influência veio da alimentação, que cedeu 0,36% em agosto após subir 0,94% no mês anterior. As hortaliças e legumes ficaram 10,76% mais baratas, o que contribuiu para o movimento. Só o preço da batata-inglesa caiu 19,07% em agosto, enquanto o tomate cedeu 15,54% e a cebola recuou 10,34%.
Além disso, perderam força os grupos habitação (1,18% para 0,18%), vestuário (-0,21% para -0,26%) e despesas diversas (0,16% para 0,12%). Os destaques individuais em cada classe foram, respectivamente, tarifa de eletricidade residencial (3,80% para -0,83%), roupas masculinas (0,80% para -0,53%) e alimentos para animais domésticos (0,56% para -0,05%).
ALTAS
No sentido contrário, ganharam força os grupos transportes (0,13% para 0,42%), saúde e cuidados pessoais (0,42% para 0,59%), educação, leitura e recreação (0,03% para 0,34%) e comunicação (0,08% para 0,10%). Nestas classes de despesa, destacam-se os itens tarifa de ônibus urbano (0,05% para 0,55%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,55% para 1,22%), passagem aérea (-15,92% para 9,55%) e mensalidade para TV por assinatura (0,79% para 1,75%), respectivamente.
Com o resultado de agosto, a inflação da baixa renda inverteu a tendência dos últimos meses, e ficou menos pressionada do que o índice de preços válido para a média de todos os consumidores brasileiros. O chamado IPC-Br subiu 0,22% no mês passado.
Em 12 meses, contudo, o IPC-C1 segue acima da média de inflação, com elevação de 10,37%. Já o IPC-Br tem alta de 9,73%. O IPC-C1 capta preços percebidos por famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos.
IPC-FIPE SOBE
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, teve alta de 0,56% em agosto, mostrando significativa desaceleração ante a leitura de julho, quando subiu 0,85%.
O resultado apurado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) ficou ligeiramente acima da mediana das previsões de 15 instituições, de aumento de 0,55%, e dentro das estimativas, que eram de altas de 0,47% a 0,60%.
Entre janeiro e agosto, o índice teve aumento de 7,35%. No período de 12 meses até agosto, a inflação acumulada foi de 9,04%.
Em agosto, quatro grupos de produtos desaceleraram seus ganhos em comparação a julho. Em alimentação, houve queda de 0,52% em agosto, ante aumento de 0,77% em julho. Em Transportes, a taxa de inflação diminuiu de 0,17% em julho para 0,05% em agosto; em Saúde, a taxa caiu de 1,67% para 1,10%; e em Educação, de 0,14% para 0,11%.
Por outro lado, a taxa de habitação subiu de 1,33% em julho para 1,51% em agosto, enquanto a de despesas pessoais foi de 0,92% para 0,95%. No caso de vestuário, os preços subiram 0,26% em agosto, depois de recuarem 0,18% em julho.
Veículo: Site Diário do Comércio - SP
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