Notícias do setor
Economia
Jurídico
Tecnologia
Carnes / Peixes
Bebidas
Notícias ABRAS
Geral
Redes de Supermercados
Sustentabilidade
Estaduais
 



Você está em:
  • Notícias do setor »
  • Economia

Notícias do setor - Clipping dos principais jornais e revistas do Brasil

RSS Economia

25/08/2015 08:52 - Brasil em situação frágil para enfrentar crise

                             Recessão, quadro fiscal, inflação e juros altos podem ampliar impacto no país da piora do cenário global



O choque externo causado pelos desarranjos na China atinge o Brasil num momento desconfortável — no qual a economia está em recessão, inflação e juros se mantêm altos, e a área fiscal se mostra fragilizada. E as consequências, afirmam especialistas consultados pelo GLOBO, podem ser uma desvalorização ainda maior do real, além de uma saída de investidores internacionais, mais avessos a ativos de países emergentes. Outra ameaça vem da hipótese de uma queda maior nas exportações de commodities — justamente quando a balança comercial começou a ganhar força. Mas, o ponto forte para enfrentar a turbulência são as reservas internacionais, US$ 379 bilhões, que podem ser usadas para evitar uma desvalorização cambial mais forte se a crise chinesa se amplificar.

— Sofrer um choque externo num momento de recessão e com uma situação fiscal ruim, justamente de seu maior parceiro comercial, é uma situação muito desconfortável. O ponto positivo são as reservas cambiais, que dão uma margem boa para acomodar esse novo choque — diz o economista Silvio Campos Neto, da consultoria Tendências.

A balança comercial vinha dando sinais de recuperação. Até a terceira semana de agosto, o saldo estava positivo em US$ 6,7 bilhões — frente a um déficit de US$ 600 milhões no mesmo período do ano passado. Mas a crise chinesa pode afetar esse ritmo de recuperação, uma vez que o Brasil exporta principalmente commodities para a China. Segundo o professor Roberto Dumas Damas, especialista em economia chinesa do Insper, as exportações de minério de ferro para a China já caíram 58% entre o primeiro semestre de 2015 e o mesmo período de 2014, em termos de volume. Em valores, esse recuo foi de 7,5%.

— O mercado reage negativamente porque precificou os ativos como se a China fosse crescer 7% ou 8% nos próximos anos. Se crescer entre 5%e 5,% está ótimo — diz o especialista, lembrando que a queda de exportações do Brasil para a China já era esperada.

DIFERENTE DA CRISE DE 2008

Para o professor de Economia Rodrigo Zeidan, da Fundação Dom Cabral, o Brasil tem a vantagem de possuir uma economia diversificada e pode aumentar as exportações em outras frentes, como máquinas e têxteis, se as com

modities recuarem. Seria um efeito positivo do ajuste cambial, capaz de servir, ainda, como um atrativo para investidores que procuram ativos baratos para investimento direto. Ele lembra que o investimento estrangeiro direto ainda se mantém num patamar elevado, embora tenha recuado um pouco nos últimos 12 meses. Foram US$ 45,9 bilhões no primeiro semestre de 2015 frente aos US$ 30,9 bilhões no primeiro semestre deste ano.

— O governo precisa dar sinais positivos para mudar as expectativas negativas em relação ao Brasil. Mas, hoje, temos um quadro em que o fator político impede estes sinais. Quanto mais isso se arrastar, menos investimento teremos — explica Zeidan.

O quadro fiscal também ajuda a reforçar essa percepção ruim dos investidores estrangeiros em relação ao Brasil. O economista Thiago Biscuola, da RC Consultores, nota que dívida bruta do setor público está em alta e passou de 55% do PIB, em junho de 2014, para 63% do PIB, em junho passado. O resultado nominal do setor público, nos últimos 12 meses, também piorou. O déficit era de 3,4% do PIB em junho de 2014 e saltou para 8,12% em junho passado. Para ele, quanto mais demorar o processo de ajuste fiscal, mais custoso será para o país:

— Esse cenário cria um comportamento de aversão nos investidores internacionais, que tendem a sair dos ativos e moedas de emergentes e correm para se proteger no dólar e para os títulos do tesouro americano. E o dólar mais forte pesa sobre a inflação e adia a queda dos juros por aqui.

Biscuola pontua que é difícil saber até onde a crise chinesa pode chegar. Mas, como trata-se de um mercado sobre o qual o governo chinês tem total controle, os riscos são mitigados.

— É uma crise mais isolada, diferente da crise de 2008 que se espalhou pelo mundo — observa Biscuola, afirmando que, mesmo assim, o problema chinês não deixa de trazer incerteza e insegurança ao cenário global.




Veículo: Jornal O Globo

Enviar para um amigo
Envie para um amigo
[x]
Seu nome:
E-mail:
Nome do amigo:
E-mail do amigo:
Comentário
 

 

Veja mais >>>

03/01/2025 10:43 - Pix já é a forma de pagamento mais usada no Brasil
28/06/2024 10:20 - GPA conclui processo de venda de postos de combustíveis
27/06/2024 09:00 - Grupo Zaffari anuncia investimento de R$ 1,5 bilhão em novos empreendimentos
24/06/2024 11:21 - Rede Festival implanta soluções para gestão de frota e reduz custos
21/06/2024 09:05 - Spani anuncia investimento de R$ 45 milhões com nova loja Paulínia
20/06/2024 09:06 - Flex Atacarejo prevê aumento nas vendas durante as festas juninas
18/06/2024 08:46 - ExpoSuper 2024 promete movimentar mais de R$ 1 bilhão no setor supermercadista catarinense
13/06/2024 09:25 - Com aquisição, rede britânica avança em foodservice
06/06/2024 09:30 - Festa Junina: supermercadistas esperam aumento nas vendas de produtos típicos
31/05/2024 10:19 - Consumidores americanos voltam a preferir supermercados
28/05/2024 09:06 - Varejista europeu busca expansão com abordagem múltipla
24/05/2024 10:05 - DM assina parceria com o Grupo Aliança
23/05/2024 08:50 - Trader Joe’s: consumidor quer valor, não preço
22/05/2024 09:28 - Paderrí investe na categoria de pães e bolos, trazendo maior valor agregado para o mercado
22/05/2024 09:22 - Satisfação do consumidor em abril atinge 77,95% na região Centro-Oeste do País

Veja mais >>>