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06/10/2014 08:43 - Varejistas da avenida Dom Pedro I começam a sentir melhora nas vendas

Empresários amargaram prejuízos de até 90% no período em que a via ficou interditada



Duas semanas após a liberação da avenida Pedro I, na região Norte de Belo Horizonte, comerciantes da região já começam a sentir a melhora nas vendas. Durante três meses o trânsito ficou interditado no local, devido ao desabamento do viaduto Guararapes, e, nesse tempo, os empresários amargaram prejuízos de até 90%. Com a volta do fluxo de veículos e pessoas, eles já registram recuperação de pelo menos 20% das vendas, mas afirmam que o restabelecimento total das perdas só será possível nos próximos meses.

De acordo com a presidente da Associação dos Moradores e Lojistas da Pedro I, Vilarinho e Adjacentes, Ana Cristina Drummond, a melhora nas vendas se deu, principalmente, porque a liberação do trânsito facilitou a acessibilidade ao comércio. Segundo ela, a impossibilidade de transitar pela via foi um dos principais motivos dos prejuízos, tendo em vista que a maioria dos estabelecimentos da região depende dos clientes de porta, que são aqueles que acabam consumindo no local porque estavam passando em frente.

 o caso do JC Vidros, que fica na avenida Pedro I e teve queda de 90% das vendas. De acordo com a proprietária, Selma Rodrigues Nascimento Nunes, a empresa sobreviveu reforçando o atendimento por telefone. "Não tinha como chegar a pé à loja, então tínhamos que esperar as ligações para fazermos as vendas e irmos instalar na casa dos clientes", relata.

Ela afirma que precisou dar férias a dois funcionários, pois não havia serviço. Com a liberação da via, as vendas na vidraçaria aumentaram 40%, mas a empresária ainda não sabe quando conseguirá recuperar todo o prejuízo. "Estamos esperando o fim de ano, que é quando as pessoas deixam para arrumar a casa", aposta.

No restaurante Matusalém, que fica próximo à esquina da avenida Pedro I com a avenida Olímpio Mourão Filho, a pouco mais de 100 metros de onde o viaduto caiu, o movimento melhora de forma lenta. De acordo com o proprietário, Matusalém Gonzaga, a interdição da via expulsou as pessoas do local e suas vendas diminuíram 90% durante o dia e 70% no período da noite. Para conseguir se manter, ele dispensou 14 funcionários e passou a cozinhar para eventos e clientes de outras regiões da cidade.

O empresário afirma que a liberação do trânsito trouxe de volta alguns clientes e as vendas melhoraram cerca de 20% no horário do almoço. Durante a noite, ele ainda não identificou recuperação. "Ainda vai demorar pelo menos mais uns 20 dias para as coisas começarem a voltar ao normal e as pessoas retornarem ao hábito de passar por aqui. Foi um prazo muito longo de interdição e os clientes acabaram buscando outras alternativas. Agora teremos que reconquistá-los e isso não acontece do dia para a noite", afirma.

Ele acredita que a região ficou marcada negativamente por causa da tragédia e afirma que o governo poderia ajudar com divulgação e propagandas, chamando a população a voltar a freqüentar o local. "Eles precisam mostrar que o trânsito voltou ao normal, que há iluminação e que a vida continua por aqui", defende.

A Autovidros Venda Nova é outra loja que foi prejudicado pela interdição da via. De acordo com o gerente administrativo, Ronan de Oliveira Souza, o prejuízo foi de 75% nas vendas e o estabelecimento perdeu tanto os clientes que passavam no local, como aqueles que já tinham costume de ir à loja, pois o acesso ficou impossibilitado.


Estratégias - Ele afirma que precisou repensar o negócio para não perder completamente as vendas. "Acabamos aprendendo a lidar com a situação adversa e corremos atrás de outros recursos. A alternativa foi visitar clientes no interior e dar mais atenção àqueles que, de alguma forma, ainda chegavam até nós", destaca.

Segundo o gerente, desde que a via foi liberada a loja teve um aumento de 20% nas vendas e a expectativa é que nos próximos dois meses parte do prejuízo já esteja recuperado. Mas, ele afirma que o trabalho que tem à frente ainda é árduo, já que muitos clientes que estavam fidelizados acabaram indo para os concorrentes. "Recuperação total só ano que vem mesmo", avalia.

Poeira e iluminação ainda incomodam


Apesar do principal problema dos empresários ter sido resolvido, eles ainda enfrentam alguns reflexos da tragédia. Alguns deles são o excesso de poeira e a ausência de alguns postes de iluminação, que atrapalham o trajeto dos clientes, segundo afirma a presidente da associação dos moradores, Ana Cristina Drummond.

Ela também destaca que faltam placas e sinalização das mudanças no trânsito, principalmente próximo ao viaduto que liga a Pedro I à avenida Álvaro Camargos. "Os comércios que ficam nesse trecho também ficaram prejudicados, pois agora só podem ser acessados por uma rua de mão única", diz.

O gerente da Autovidros Venda Nova, Ronan de Oliveira Souza, também reclama da calçada na porta da loja, que foi destruída durante as obras no local, o que dificulta a entrada dos clientes. De acordo com a Secretaria de Obras e Infraestrutura de Belo Horizonte, a reforma dos passeios e retirada de destroços da via serão concluídas até final de outubro.

Outro problema levantado pelo proprietário do Restaurante Matusalém, Matusalém Gonzaga, é a inflexibilidade dos proprietários dos imóveis alugados aos comerciantes. Segundo ele, vários empresários tentaram negociar o pagamento do aluguel devido ao grande prejuízo que tiveram, mas não tiveram sucesso e correm risco até de despejo.



Veículo: Diário do Comércio - MG

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