Economia
12/09/2014 08:51 - Resultado do varejo no país é o pior para o mês desde 2000
O varejo teve o pior mês de julho desde 2000, quando a Pesquisa Mensal do Comércio começou a ser realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O órgão informou ontem que as vendas recuaram 1,1% em relação a junho, diante do arrefecimento no consumo das famílias e do menor número de dias úteis em função da Copa do Mundo.
Na comparação com todos os meses da série, a última vez que um recuo tão intenso foi observado ocorreu em outubro de 2008. Antes disso, o pior resultado havia sido em fevereiro daquele ano, quando as vendas caíram 1,3%.
O dado surpreendeu os analistas, uma vez que a projeção mais pessimista apontava redução de 0,6%. Após a divulgação, algumas instituições revisaram a expectativa de crescimento das vendas para este ano. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta avanço de 3,7%. Já a Rosenberg Associados reduziu a estimativa para 2,7%. Em ambos os casos, seria o pior desempenho do comércio desde 2003.
"Não só este foi o pior resultado desde a crise de 2008, como parece um processo de piora muito mais acentuado", justificou a Rosenberg.
Já o varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, recuperou uma pequena parte do fôlego perdido nos dois meses anteriores. As vendas avançaram 0,8%, graças a promoções tanto em concessionárias quanto em lojas de material de construção. Ainda assim, ficaram 4,9% abaixo de julho de 2013
Com o consumo enfraquecido, economistas não descartam a ocorrência de uma terceira queda no Produto Interno Bruto (PIB, soma da renda gerada no país) no terceiro trimestre, prolongando a chamada recessão técnica. "A lenta recuperação não impediria este cenário", destacou o estrategista da CGD Securities, Mauro Schneider.
Menor consumo - A retração no varejo em julho é explicada em parte pelo menor número de dias úteis, em função da Copa do Mundo, encerrada no dia 13 daquele mês. Mas o evento esportivo não foi o único vilão.
"Em geral, estamos vendo uma economia menos favorável, e tudo indica para a diminuição do ritmo de expansão crédito", afirmou Juliana Vasconcellos, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. Segundo ela, o elevado endividamento das famílias também contribui para a redução no consumo.
Em julho, quatro dos oito segmentos mais tradicionais do varejo registraram queda nas vendas. No comércio de hiper, supermercados e produtos alimentícios, houve recuo de 1,3% em julho ante junho, garantindo a dose de surpresa do indicador. " difícil, nem pelo lado da inflação é possível explicar, porque ela subiu muito pouco no varejo nos últimos meses", disse Schneider. (AE)
Veículo: Diário do Comércio - MG
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