Economia
27/08/2014 09:25 - Pressão nos preços é única certeza para 2015
Tarifas represadas devem ter alta independente de quem ganhar eleições presidenciais, afirmam especialistas
As incertezas geradas pelas eleições presidenciais não ficaram só para este ano. Para 2015, o cenário, segundo especialistas ouvidos pela reportagem, também é de dúvidas, embora há unanimidade entre eles: a pressão inflacionária deve aumentar principalmente no começo do próximo exercício, independente de quem seja eleito presidente, devido ao represamento dos preços nos setores de energia e combustíveis.
"Estamos em um quadro de incertezas. Alguns preços estão represados, especialmente nos setores de energia e petróleo, e isso não vai poder continuar assim. Independente de quem seja eleito, teremos aumento dos preços públicos tarifados", afirmou o coordenador acadêmico da Área de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), João Batista Vilhena.
Segundo ele, a inflação deve sim aumentar no começo de 2015 em função do represamento de preços de energia e de combustíveis, que impactam diretamente no consumidor, na atividade produtiva e no comércio. Porém, dependendo de quem for eleito, o horizonte de aumento de preços pode ser diferente.
Vilhena acredita que, no caso de reeleição de Dilma Rousseff, os preços podem continuar "seguros", mas com explosão mais à frente. Se Aécio Neves for o eleito, o horizonte é de aumento já no começo do próximo ano e acomodação com o passar do tempo. Já se Marina Silva for a presidente, o horizonte é de dúvidas porque não se sabe ao certo qual linha ela irá seguir.
De forma geral, o coordenador da FGV acredita que o governo Dilma Rousseff tem como característica ser mais controlador e intervencionista, enquanto um eventual mandato de Aécio Neves "deixaria a economia nacional progredir mais naturalmente". Em relação à postura de Marina Silva, o "cenário é de incertezas".
O consultor e analista de Finanças e Gestão Empresarial do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae-MG), Arnou dos Santos, também acredita que a pressão inflacionária deve crescer no começo de 2015 independente de quem seja eleito à Presidência.
"A taxa básica de juros (Selic) tem sido usada como um mecanismo para conter a inflação. Mas vejo que é necessário baixar os juros para incentivar a produção interna e manter ou dar mais força ao nível de emprego. Independente do momento político, quem entrar lá (na presidência) tem que ter essa visão", pontuou Santos. Conforme o analista do Sebrae-MG, "é difícil prever um cenário para 2015, mas ter uma economia competitiva deve pautar o próximo governo".
Câmbio - Sobre o câmbio, Santos considera que a tendência, caso não ocorra uma reversão do quadro atual, onde as importações nacionais, em valores, continuam aumentando, é o dólar valorizar. "O governo vem tentando reverter isso de algumas formas, como aumentar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) no exterior para motivar o consumidor e as empresas a fazer compras no mercado interno. Mas isso não está funcionando. preciso criar mecanismos para incentivar a produção doméstica, o que vai beneficiar a economia", reforçou.
Veículo: Diário do Comércio - MG
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