Rio de Janeiro - Tudo indica que a economia parou ou até mesmo teve retração no primeiro semestre, mas a ligeira melhora esperada para o terceiro e quarto trimestres do ano deverá contar com uma ajuda providencial do calendário. Na segunda metade de 2014, quatro dos cinco feriados nacionais caem no fim de semana, o que significa maior número de dias úteis tanto em relação ao primeiro semestre, prejudicado pela Copa do Mundo, quanto em comparação ao mesmo período do ano passado.

Como conseqüência, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) pode ganhar até 0,7 ponto percentual no resultado do terceiro trimestre, em relação ao trimestre imediatamente anterior.

O cálculo é da LCA Consultores, que estima que os feriados do segundo trimestre tiraram 0,4 ponto percentual do crescimento em relação ao primeiro trimestre do ano.

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Meta ambiciosa - Ontem, o sócio da Tendências Consultoria Integrada e ex-presidente do Banco Central (BC), Gustavo Loyola, disse que a previsão de crescimento de 0,6% do PIB para este ano já está se tonando uma meta ambiciosa. Ele avalia que para o ano que vem a economia brasileira deverá crescer 1,5%. Para o Índice de Preços ao Consumido Amplo (IPCA), as projeções de Loyola são de uma inflação de 6,3% tanto em 2014 como em 2015. A média de crescimento da economia brasileira entre 2011 e 2014 será de 1,7%.

Para ele, a economia brasileira perdeu dinamismo devido à queda da produtividade, erros de política econômica, diagnóstico equivocado, intervenção excessiva, má gestão fiscal e protecionismo, e também devido à crise mundial e às perdas no comércio exterior. (AE)



Veículo: Diário do Comércio - MG