Economia
26/08/2014 11:06 - Intenção de consumo recua 6,1% em agosto
Resultado do índice medido pela Fecomércio-RS junto aos gaúchos é o menor registrado para o mês desde 2010
Guilherme Daroit
Puxado por fatores como a inflação em alta e a incerteza em relação ao crescimento da economia brasileira, o índice gaúcho da Intenção de Consumo das Famílias (ICF-RS) apresentou, em agosto, 117,3 pontos. O valor, divulgado ontem pela Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS), representa uma queda de 6,1% em relação ao mesmo período do ano passado. A pesquisa, realizada com famílias de Porto Alegre, segue a tendência de queda mostrada pela pesquisa do ICF nacional, divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que também apresentou queda de 2,1% em relação ao mesmo mês de 2013.
“Ainda está se desenhando um cenário no qual a confiança do consumidor se mostra reduzida, e essa confiança reduzida se sustenta na inflação elevada, grande incerteza de como a economia vai evoluir e uma dúvida de como isso vai repercutir na questão do emprego”, afirma a economista-chefe da Fecomércio/RS, Patrícia Palermo. Ela ressalta, ainda, que o índice medido neste mês é o menor registrado para um mês de agosto desde o início da série, em 2010.
Entre os fatores que compõem o ICF-RS, o que mais chama a atenção é o que mede a percepção do consumo atual das famílias em comparação ao ano passado. O indicador, que atingiu 96,5 pontos, é o único da pesquisa que se encontra em um patamar de pessimismo, definição dada pela instituição aos fatores cujos valores ficam em menos da metade da escala de avaliação, que vai de 0 a 200 pontos. “A inflação alta, principalmente dos alimentos, que todas as pessoas precisam consumir, é sentida no dia a dia, os juros sobem pra conter essa inflação, e isso inibe o consumidor”, justifica Patrícia.
Mesmo assim, alguns indicadores tiveram melhora em relação ao ano passado, como os referentes à facilidade de acesso ao crédito, que aumentou 1,1%, chegando aos 121,1 pontos, e ao momento para consumo de bens duráveis, que atingiu 120,5 pontos, crescendo 16,3%. A explicação, segundo a economista, tem a ver com o fato de que, mesmo que a segurança das famílias em relação a seus empregos tenha caído 16,9% em relação a agosto de 2013, a taxa de desemprego continua baixa, e, mesmo com os juros em alta, a oferta de crédito continua ampla e com prazos esticados.
“Quando há um desempenho fraco da economia, porém, mesmo que a taxa de desemprego continue baixa, as pessoas começam a se questionar. Nos últimos meses a gente viu a inflação crescer, e essa percepção também faz com que o indivíduo considere que a sua renda tem menos poder de compra”, continua Patrícia. A avaliação é corroborada pelo indicador que mede a percepção da situação de renda das famílias em relação ao ano anterior, com 59,3% dos entrevistados acreditando que a sua renda está igual ou pior em relação a 2013, representando uma queda de 3,6% se comparado ao registrado na pesquisa de agosto do ano passado.
Veículo: Jornal do Comércio - RS
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