Economia
21/08/2014 12:05 - IPCA-15 comportado renova esperanças do governo
Por Denise Neumann | São Paulo
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), divulgado ontem (0,14%), renova as esperanças do governo de uma taxa comportada em agosto, mas ainda deixa dúvidas sobre a possibilidade de a inflação cheia do mês ficar abaixo de 0,24%, situação necessária para que não ultrapasse o teto da meta. Embora comportado, o índice que incorpora os primeiros 15 dias de agosto veio mais alto que o referente ao fim de julho, que mostrou alta de 0,01%.
Contam a favor da esperança do governo algumas quedas de preços mais expressivas no IPCA-15 e que, por isso, sugerem que ficarão no preço da deflação até o fim do mês. Alimentação e despesas pessoais (puxadas pela queda maior no preço das diárias de hotéis) estão nessa categoria. Preços, como energia elétrica, tendem a subir menos e ajudam o índice. Outros itens, como passagens aéreas, já estão definidos - no caso das passagens, a alta foi de 10,27%, com impacto de 0,04 ponto no índice.
Os preços do grupo alimentação e bebidas começaram a cair em junho, no IPCA fechado do mês, e acumulam deflação de 0,26%. No IPCA-15, a primeira queda foi em julho (0,03), reforçada por mais 0,32% de deflação em agosto. Na prévia, portanto, a queda acumulada já é de 0,35%.
Em despesas pessoais, os preços subiram muito em junho e julho (no IPCA-15) por conta da Copa, mas a "devolução" da alta já começou. Os preços das tarifas de hospedagem recuaram 23,5% em agosto. No IPCA, essa queda já havia começado em julho (-7,65%). Ou seja, a intensidade do dado do IPCA-15 sugere mais um recuo de preço no índice fechado do mês.
Em energia elétrica, o principal impacto da alta da tarifa na capital paulista veio em julho, quando o índice subiu 4,52%. Pelo IPCA-15, esse preço subiu mais em agosto, quando foi acompanhado por reajustes maiores do insumo em Curitiba e Belém. Embora os aumentos da energia nessas capitais sejam é maiores que em São Paulo, o peso na composição do índice é menor.
No dado fechado de agosto ainda chegará parte do aumento em Brasília, mas o de São Paulo estará ainda mais "esvaziado", o que sugere impacto na inflação do mês inferior ao 0,12 ponto registrado tanto agora como no índice fechado de julho.
A comparação das altas de preços no IPCA e IPCA-15 mostram tendência curiosa. As altas e quedas começam no IPCA, e depois são captadas pelo IPCA-15. É como se os agentes esperassem o fim do mês para "corrigir" preços, seja para cima, seja para baixo. O que sugere que o governo terá que esperar um pouco para comemorar a janela de esperança dada pela inflação da primeira quinzena de agosto.
Veículo: Valor Econômico
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