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20/08/2014 12:35 - Operação internacional ganha peso no trimestre

                        Benjamin Steinbruch, presidente da CSN, demonstrou recentemente interesse em aumentar vendas no exterior e afirmou que "só louco investe no Brasil"

 

Com o ritmo fraco de crescimento da economia doméstica em contraste com a recuperação dos países desenvolvidos, empresas brasileiras seguram os investimentos no país e apostam mais em seus negócios no exterior. No segundo trimestre, quando a atividade econômica já tímida foi agravada pelo menor número de dias úteis, as receitas geradas com exportações e operações internacionais impediram uma piora mais acentuada nos resultados, especialmente no setor industrial.

 

Levantamento realizado pelo Valor mostra que o faturamento de 12 indústrias - incluindo siderúrgicas, fabricantes de bens de capital e autopeças - caiu em média 13,3% no mercado interno em relação ao ano anterior, enquanto nas operações externas houve aumento de 12,1%. Com isso, a participação média do mercado estrangeiro nas receitas passou de 35% para 42% no mesmo intervalo.

 

"No geral, as indústrias tiveram resultados discretos, mas aquelas com pelo menos 50% das suas operações fora do país foram bem menos afetadas. Daqui para a frente, as empresas vão buscar mais o mercado externo, procurando resiliência", afirma o analista Mario Bernardes Junior, do BB Investimentos.

 

A Magnesita, que fabrica fornos refratários para siderúrgicas, ilustra bem essa tendência. Com faturamento praticamente todo gerado no exterior, a companhia foi na contramão do setor e viu suas receitas crescerem 10,7% no segundo trimestre, para R$ 720,1 milhões.

 

A melhora nas economia americana e europeia foi o principal propulsor do desempenho expressivo no mercado internacional. Um bom exemplo é a Gerdau, que tem usinas nos Estados Unidos. A siderúrgica viu suas receitas na América do Norte crescerem 15,8% no segundo trimestre, para R$ 3,58 bilhões, superando os R$ 3,44 bilhões faturados no Brasil, onde as vendas recuaram 6%.

 

As concorrentes CSN e Usiminas pretendem seguir esse movimento. As companhias sinalizaram a investidores que ampliarão esforços para aumentar as exportações no terceiro trimestre, mesmo à custa de perda de rentabilidade - com maior concorrência e menos protecionismo, as margens operacionais de venda do aço são menores que as do Brasil.

 

Em um congresso de aço realizado na semana passada, a Usiminas afirmou que a participação do mercado doméstico nas vendas vai cair dos quase 90% para cerca de 75% nos próximos meses. "O restante será exportado", afirmou, ressaltando que a empresa aproveitará oportunidades de sua aliança com a Ternium, que faz parte de seu bloco de controle, para ampliar contratos com clientes dos Estados Unidos e do Chile.

 

O presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, foi mais enfático. Após afirmar que "hoje só louco investe no Brasil", o executivo disse que focará em exportações e confirmou o interesse na usina americana Gallatin Steel. A companhia já tentou levar outros dois empreendimentos em território americano, mas sem sucesso. "A CSN já tem uma fatia de mercado consolidada aqui e é muito difícil crescer em cima de concorrentes. Aquisições no Brasil podem esbarrar no Cade e, com a economia parada, crescimento orgânico é muito complicado. Não tem outra alternativa a não ser diversificar", explica uma fonte da empresa.

 

Com o impacto da queda abrupta nas vendas de automóveis, o setor de autopeças também volta suas atenções para os mercados desenvolvidos. O faturamento da Autometal no Brasil caiu 27% no segundo trimestre frente ao mesmo período de 2013, para R$ 186,8 milhões. No mercado externo, por outro lado, houve recuperação expressiva de 19% no faturamento, que chegou a R$ 322,3 milhões, passando a representar 63% das vendas realizadas entre abril e junho, contra 51% no mesmo intervalo de 2013.

 

A queda de "apenas" 3% no faturamento consolidado do período, para R$ 509,1 milhões, foi atribuído pela direção da Autometal ao mercado americano e à Espanha, país de origem da companhia, onde as vendas de automóveis aumentaram 25% no segundo trimestre. Os investimentos de R$ 38,4 milhões registrados nesse período foram praticamente todos para fora do país: R$ 21,2 milhões destinaram-se à construção de uma fábrica no México, que abastece a América do Norte, e outros R$ 11,4 milhões para unidades da Europa e para uma empresa indiana, adquirida no fim do ano passado.

 

Na teleconferência para comentar seus resultados, a WEG, de motores elétricos, anunciou que pode transferir parte dos R$ 592 milhões em investimentos previstos para este ano para 2015. Segundo o diretor financeiro, Paulo Polezi, projetos no Brasil estão sendo reavaliados e o ritmo de execução poderá ser um pouco mais lento. Na contramão, os primeiros desembolsos do projeto de US$ 345 milhões na implementação de novas unidades de produção na China e no México não devem sofrer atrasos.

 

Na mesma linha, a Fras-le, de produtos para freios, vai concentrar seus investimentos em aumento de capacidade produtiva na fábrica dos Estados Unidos. "No Brasil, estamos focando os aportes em programas de redução de custos e eficiência, para aumentar a produtividade", diz o diretor financeiro, Daniel Randon.

 

Segundo ele, a tendência é que a participação das receitas externas na companhia, que girou em torno de 40% a 45% nos últimos dois anos, aumente no médio prazo. No segundo trimestre, essa fatia já chegou a 48%, fruto de um aumento de 11% nas vendas no mercado externo, contra alta de apenas 1,3% no Brasil.

 

A controladora Randon, cuja exposição ao mercado externo é de apenas 10%, mostrou desempenho muito mais fraco no período. A receita bruta total caiu 13%, para R$ 1,44 bilhão, com recuo de 13% no faturamento no mercado interno e de 14% nas operações internacionais, que são concentradas na Argentina. (Colaborou Olívia Alonso)

 

 

 

Veículo: Valor Econômico

 

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