Economia
23/07/2014 12:00 - Alimentos vão ajudar governo a controlar preços em 2014
A contínua desaceleração dos preços dos alimentos pode ajudar a inflação do País a não bater o teto da meta nesse final de ano. De acordo com analistas, caso não ocorra nenhuma eventualidade, como quebra de safras ou problemas climáticos que prejudiquem a produção, a tendência é que os índices de alimentos continuem em queda.
De acordo com relatório divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação, registrou recuo de 0,30 ponto percentual ante a junho, ficando em 0,17%.
Para a gestora de renda fixa da seguradora Mongeral Aegon, Patrícia Pereira, o mercado esperava que a prévia da inflação viesse um pouco acima do registrado, já que o índice foi medido no período da Copa, entre 12 de junho a 14 de julho. "A expectativa do mercado era que o IPCA-15 viesse em torno de 0,20%", afirma.
Já o acumulado do IPCA-15, continua em alta, em 6,51%. De acordo com o IBGE, o grupo de transportes foi o item que mais puxou o recuo do índice, passando de 0,50% em junho para -0,85% em julho. Já o grupo de alimentação e bebidas passou de 0,21% em junho para -0,03% em julho, e também impactou para baixo o índice.
Nos alimentos, muitos produtos ficaram mais baratos de um mês para o outro, dentre eles, a batata-inglesa, que recuou 13,23%, o tomate, que teve queda de 11,63%, o feijão-fradinho, com retração de 8,04%, entre outros.
Patrícia diz que, pelo fato de os alimentos terem um peso significativo na composição do IPCA, a tendência é que o item colabore para que 2014 feche com inflação menor em relação às últimas projeções, caso não ocorra nenhuma quebra de safra ou outros problemas que impactem a produção.
De acordo com a gestora de renda fixa, com o recente resultado IPCA-15, a projeção da Mongeral para a inflação é de 6,10% ao final do ano. A previsão anterior era de 6, 30%. Já o índice de julho, de acordo com ela, deve vir em torno de 0,10%.
"Com a inflação em um patamar em torno de 6,10%, há mais espaço para acomodar eventuais choques, como uma aceleração via cambio ou via alimentação", diz ela. "A tendência é que a inflação acumulada em 12 meses atinja seu pico em julho, em torno de 6,60% e que, a partir de agosto, comece a desacelerar, atingindo cenário mais otimista no final do ano", afirma Patrícia.
Atacado
A deflação registrada nos índices do atacado, nos últimos meses, deve também colaborar para a retração nos preços dos alimentos para o consumidor. "O impacto dos preços no atacado costuma ser bastante rápido nos índices dos alimentos no varejo", diz ela.
O professor de administração da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Marcos Antônio de Andrade, diz também que esse processo de impacto é muito comum. "A redução dos preços ao produtor, consequentemente, vai se refletir no varejo", afirma.
Na análise de Andrade, após pressionar preços no setor de energia e de água, o governo deve buscar conter os índices de alimentos. "Existe um esforço do governo para que os preços se desacelerem", diz ele. "E, na minha opinião, pressionar os preços dos alimentos será uma última cartada. O governo vai fazer todos os esforços para que a inflação fique abaixo de 6,5%. E acredito que vai conseguir", afirma Andrade.
Patrícia não vê nenhum movimento do governo de tentativa de pressão nos preços dos alimentos. "A única forma de o governo interferir seria via imposto. E a gente não vê nenhum movimento nesse sentido", diz ela.
Habitação
Dos nove grupos que compõem o IPCA-15, dois apenas tiveram aumento de preços, os de Habitação e de Despesas Pessoais. O item Habitação passou de 0,29% em junho para 0,48% em julho. As principais pressões exercidas nesse item foram a energia elétrica (1,35%) e condomínio (0,98%).
Já o grupo de Despesas Pessoais passou de 1,09% para 1,74%. A alta de 28,63% nas diárias de hotéis levou as Despesas Pessoais ao mais elevado resultado de grupo.
Veículo: DCI
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