Notícias do setor
Economia
Jurídico
Tecnologia
Carnes / Peixes
Bebidas
Notícias ABRAS
Geral
Redes de Supermercados
Sustentabilidade
Estaduais
 



Você está em:
  • Notícias do setor »
  • Economia

Notícias do setor - Clipping dos principais jornais e revistas do Brasil

RSS Economia

28/01/2009 14:37 - Licença prévia trará impactos negativos para a produção

A ressurreição, na última segunda-feira, da licença prévia de importação (LI) deixou atônitos não apenas os importadores locais. Empresas especializadas em logística internacional, filiais de grupos transna-cionais e economistas avaliam que a decisão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) de exigir a LI para uma série de insumos e produtos trará efeitos negativos para a cadeia produtiva, como o aumento de custos, e também para a imagem do País no exterior. "A decisão sinaliza ao mundo que o Brasil é um país provinciano", diz Celso Grisi, professor da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP).

 

No meio empresarial, já há gente contabilizando prejuízos. A Robert Bosch, por exemplo, paralisou algumas de suas linhas de produção porque mercadorias ficaram paradas em portos a aeroportos a partir de segunda-feira. "Dependemos de vários insumos importados de alta tecnologia e, com a crise, estamos trabalhando com inventários ainda mais baixos para manter custos e a competitividade", explica Anselmo Felix Riso, gerente de Logística Corporativa e Comércio Exterior da companhia, que lida anualmente com cerca de 35 mil processos de importação, dos segmentos automotivo, elétrico e de sistemas de segurança.

 

Ontem, Riso monitorava minuto a minuto o computador, na expectativa de ter parte das importações autorizadas. Na segunda-feira, conta ele, o Siscomex informava que todo registro de importação demandava uma LI. Ontem à tarde já era possível registrar algumas mercadorias. "Como recorremos à consolidação de carga, um mesmo contêiner pode ter mercadorias de diferentes capítulos", diz o gerente. Riso afirma que a exigência de LI eleva entre 5% e 10% os custos da operação de importação.

 

Na opinião do executivo da Bosch, a medida não equilibrará a balança comercial. "Só haverá um represamento das importações, e com grande prejuízo para as empresas", afirma, lembrando que as vendas externas tendem a ser prejudicadas. "Muitas exportações dependem de insumos importados."

 

Sem tempo de reação

 

Algo que assustou a Bosch é que ninguém foi comunicado previamente. "Não tivemos nem tempo de reagir", comenta Riso. Um alto executivo de uma empresa de logística internacional que preferiu não se identificar conta que cerca de 500 processos - dos 1.500 movimentados tradicionalmente em janeiro - estavam parados ontem. "Por causa das férias, muitos clientes deixaram para nacionalizar mercadorias no final do mês e agora estão com a carga parada no porto." Como a LI tem que ser emitida antes do embarque, a mudança de regra criou um vácuo, visto que mercadorias em trânsito terão que esperar pela autorização e pagarão armazenagem. Mesmo que a LI saia nos dez dias que o MDIC garante que ela será liberada, a empresa pagará 0,30% do valor CIF (preço da mercadoria, com frete e seguro) pela armazenagem.

 

A mesma fonte duvida que a intenção real do ministério seja mesmo melhorar as estatísticas. "Pela primeira vez depois de muitos anos, a balança comercial está negativa e o governo resolveu retardar importações para deixá-la superavitária, apostando que em março, com a volta da safra, ela se equilibra", diz o executivo.

 

Para a fabricante de eletrodomésticos e ferramentas elétricas Black & Decker, a volta das LIs significará um grande entrave, visto que suas importações são regulares. "Cerca de 25% do que compramos de insumos e matérias-primas é importado", informa Marcos Azevedo, gerente de Suply Chain da companhia. Segundo ele, o novo controle gerará custos adicionais. "Serão dez dias de inventário parado, aguardando autorização", contabiliza o executivo.

 

O gerente da fabricante classifica a nova norma como um retrocesso e reconhece que atrasos na emissão das licenças prévias poderão gerar atrasos na linha de produção, afetando, inclusive, os embarques ao exte-rior. Opinião parecida tem o professor Grisi, da USP. "Com medidas como essa, você fere a lógica das cadeias produtivas", diz, lembrando que as empresas produzem e exportam para o mundo bens nos quais são competitivas, optando por importar aquilo onde não atingiram eficiência . "É isso que permite que todos tenham componentes e produtos baratos e de qualidade", resume o professor.

 

Veículo: Gazeta Mercantil

Enviar para um amigo
Envie para um amigo
[x]
Seu nome:
E-mail:
Nome do amigo:
E-mail do amigo:
Comentário
 

 

Veja mais >>>

03/01/2025 10:43 - Pix já é a forma de pagamento mais usada no Brasil
28/06/2024 10:20 - GPA conclui processo de venda de postos de combustíveis
27/06/2024 09:00 - Grupo Zaffari anuncia investimento de R$ 1,5 bilhão em novos empreendimentos
24/06/2024 11:21 - Rede Festival implanta soluções para gestão de frota e reduz custos
21/06/2024 09:05 - Spani anuncia investimento de R$ 45 milhões com nova loja Paulínia
20/06/2024 09:06 - Flex Atacarejo prevê aumento nas vendas durante as festas juninas
18/06/2024 08:46 - ExpoSuper 2024 promete movimentar mais de R$ 1 bilhão no setor supermercadista catarinense
13/06/2024 09:25 - Com aquisição, rede britânica avança em foodservice
06/06/2024 09:30 - Festa Junina: supermercadistas esperam aumento nas vendas de produtos típicos
31/05/2024 10:19 - Consumidores americanos voltam a preferir supermercados
28/05/2024 09:06 - Varejista europeu busca expansão com abordagem múltipla
24/05/2024 10:05 - DM assina parceria com o Grupo Aliança
23/05/2024 08:50 - Trader Joe’s: consumidor quer valor, não preço
22/05/2024 09:28 - Paderrí investe na categoria de pães e bolos, trazendo maior valor agregado para o mercado
22/05/2024 09:22 - Satisfação do consumidor em abril atinge 77,95% na região Centro-Oeste do País

Veja mais >>>