Economia
10/10/2013 10:47 - Inflação deve fechar o ano de 2013 a 6%, prevê economista
Economistas esperam que a inflação continue acumulando alta no último trimestre do ano e feche 2013 em torno de 6%. O indicador de preços, medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 0,35% no mês de setembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA apresentou alta de 0,11 ponto percentual em relação a agosto e baixa de 0,22 ponto percentual em relação a setembro de 2012, que registrou variação de 0,57%. O acumulado dos últimos 12 meses foi de 5,86% e ficou abaixo dos 6% pela primeira vez em 2013. Nos 12 meses anteriores, a inflação oficial teve um acumulado de 6,09%. De janeiro a setembro deste ano, o índice subiu 3,79%.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem ter ficado satisfeito com o resultado de 0,35%, mas que o governo não irá descuidar do controle da inflação. "Vamos continuar alerta para impedir que a inflação volte a subir e atrapalhar o consumidor brasileiro", afirmou.
O item que teve maior alta em setembro foi artigos de residência, que subiu 0,65%, e já tinha subido 0,80% no mês anterior; em segundo lugar ficou vestuário (0,63%), seguido de habitação (0,62%). Em quarto lugar ficou transporte, que saiu de uma variação negativa de 0,06% em agosto para um aumento de 0,44% em setembro. Eulina Nunes, coordenadora de Índice de Preços do IBGE, explica a variação. "Nesse grupamento, as passagens aéreas lideraram a lista das principais contribuições do mês, tendo em vista pressão de custo e alguns eventos que ocorreram no país. Além disso, a queda dos ônibus urbanos, que vinha contribuindo com os últimos meses de índice, nesse mês isso não se viu mais, deixando de puxar para baixo". Apesar disso, o litro da gasolina caiu mais do que em agosto, com redução de 0,42% em setembro. Questionado sobre um possível reajuste do preço da gasolina, aumento tratado na terça-feira pela presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, Mantega afirmou que esse não é um assunto do Ministério da Fazenda e sim da Petrobras.
Em habitação, que subiu 0,62% em setembro, ante 0,57% de agosto, um dos principais itens que contribuíram foi o aluguel residencial, que subiu 0,80% no mês, depois de já ter subido 0,74% em agosto. Alimentação e bebidas foi de 0,01% em agosto para 0,14% em setembro, isso porque os alimentos de consumo em domicílio, que estavam em intensa queda em agosto, apresentaram uma leve queda em setembro, indo para apenas 0,03% negativo, "puxados pelo pão francês, tendo em vista o impacto da alta do dólar e problemas de safra em regiões de onde se importa", explica Eulina. Para quem fica o dia inteiro na rua, o preço da refeição fora de casa subiu 0,47% em setembro.
Para o diretor-presidente do Instituto Fractal de Pesquisa de Mercado, Celso Grisi, a alta da inflação no mês de setembro se deu em função principalmente do aumento de preço dos alimentos e do repasse cambial. "O preço dos alimentos já vinha subindo em atacado e agora veio encontrar o consumidor. O dólar valorizou muito, os preços em dólar subiram e isso resulta no aumento do preço em real também".
Para outubro, Grisi prevê a medição do IPCA em 0,59%. Ele acredita ainda que a inflação deve continuar a subir em novembro e dezembro, em função do câmbio e das festas de fim de ano, e que o indicador deve terminar o ano com acumulado entre 5,9% e 6%, apenas meio ponto abaixo do teto. Grisi explica que os alimentos devem pressionar a inflação nesse último trimestre. "Os alimentos tendem, internacionalmente, a apresentar uma recuperação de preços. Mesmo o milho, que está baixo, deve aumentar, já que a colheita americana não está boa. Os fenômenos climáticos e chuvas também devem atrapalhar. A China deve se estabilizar e voltar a pressionar os preços da soja. O algodão, que teve uma queda boa no preço, e o açúcar voltaram a pressionar o índice."
Para o ano que vem, o economista diz que o governo terá que fazer um esforço de controle de inflação, que não pode ficar na casa dos 6%, mas ele não acredita que será possível ir muito além dos 5,5%.
Outro ponto importante que deve mexer com a inflação são os preços administrados que vem recebendo subsídios. "Esse é um problema que está represado. O governo não vai aguentar subsidiar, por questões orçamentárias, e vai ter que fazer reajuste de preços. Em algum momento vem chumbo grosso, mas não deve ser este ano, eu espero para o ano que vem", completa.
Veículo: DCI
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