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11/09/2013 11:41 - Itens beneficiados por IPI menor sobem e pressionam inflação

O efeito da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) nos preços da "linha branca" e móveis não se manteve ao longo da concessão do benefício. Hoje, o mobiliário está, em média, 10,6% mais caro e os fogões tiveram uma alta de 8,8% em relação a dezembro de 2011, quando o imposto caiu. Já geladeiras e máquinas de lavar ainda apresentam preços menores, mas os valores dessas mercadorias estão subindo desde o segundo trimestre do ano - no meio do ciclo de elevação do IPI para a maioria desses itens. Os avanços foram maiores que os verificados em segmentos mais dependentes de insumos importados, num período de forte valorização do dólar.

A decisão dos setores de repassar o aumento do imposto ao consumidor contrariou o pedido de segurar os preços feito pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Num cenário que também inclui o real mais desvalorizado, a elevação do tributo gerou pressão inflacionária principalmente nos últimos meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Até agosto, a inflação de fogões e móveis ficou acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que avançou 3,43%. Esses indicadores e também o de geladeiras superaram os registrados nos oito primeiros meses de 2012, quando o imposto estava reduzido.

O IPI desses produtos subiu pela primeira vez em fevereiro. Numa segunda rodada, aumentou mais um pouco em julho. Os números do IBGE mostraram que, de forma geral, os preços nas lojas de mercadorias "linha branca" e diversos tipos de móveis começaram a subir a partir de abril em ritmo mais acelerado que no mesmo período do ano passado. O aumento do IPI demora de 30 a 45 dias para chegar ao consumidor, dependendo do estoque de cada varejista, segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Atualmente, ainda há desconto no IPI para esses produtos, porém em menor grau que em 2012 e início do ano. A previsão é que o imposto seja elevado mais uma vez em outubro. Se confirmada a alta, os preços ao consumidor não vão demorar a avançar, avaliam empresários. Nesta semana, Mantega se reuniu com varejistas e a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônico (Eletros). O Valor apurou que o ministro "ficou de estudar" um possível adiamento de aumento do IPI, mas a decisão só deve ser tomada no fim do mês.

Quando começou a retirar o benefício, o governo pediu para os setores "absorverem" esse aumento, ou seja, não repassá-lo ao preço para o consumidor. "Tanto o varejo quanto o setor produtivo farão um esforço de acomodar esse aumento de alíquotas, de modo que isso não venha a prejudicar as vendas e aumentar a inflação", disse Mantega ao anunciar a alta gradual do IPI.

Sem espaço fiscal para novas desonerações, o governo teve que adotar essa medida. Deu, no entanto, tratamento especial às máquinas de lavar roupa. O IPI desse produto não foi alterado: ficou em 10%. A alíquota normal é de 20%. No caso desse item, a inflação subiu menos que para as mercadorias que tiveram o imposto elevado. "A manutenção do IPI ajudou a controlar os preços", disse Irene Maria Machado, gerente de pesquisa do IBGE.

Mesmo assim, a inflação desse eletrodoméstico no acumulado do ano também ficou acima da verificada no mesmo período de 2012. Essa diferença ocorreu praticamente por causa da alta dos preços em agosto, quando o dólar mais caro teve impacto em diversos produtos, inclusive nos outros da "linha branca", mas que apresentaram inflação mais elevada.

Desde que começou a redução do IPI, os preços de geladeira e máquina de lavar caíram 2,4% e 1%, respectivamente. Mesmo nesses exemplos de deflação, a queda foi menor que no setor de TV e som, cujo impacto do câmbio na produção é maior.

Varejistas alegam que têm pouca margem para "absorver" o preço maior de produtos vindos da indústria. "Se tem aumento de preço na indústria, fica muito difícil não repassar, e a indústria já vem pressionando há muito tempo", disse o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Jr.

A Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel) explicou que houve pressão de custo de matéria prima, de mão de obra, além da elevação do IPI. "Milagre a gente não tem como fazer", disse o presidente da entidade, Daniel Lutz, que quer negociar o adiamento da próxima alta do imposto. Se a elevação for mantida, o impacto nos preços deve ser rápido, porque os estoques de móveis do varejo, segundo ele, estão baixos.

Para a Eletros, o aumento dos preços pode ser resultado do IPI elevado, encarecimento do aço e resinas. "Ninguém quer aumentar preço, mas o IPI é um adicional que é incluído no preço final ao sair da fábrica", disse o presidente da associação, Lourival Kiçula.



Veículo: Valor Econômico

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