Notícias do setor
Economia
Jurídico
Tecnologia
Carnes / Peixes
Bebidas
Notícias ABRAS
Geral
Redes de Supermercados
Sustentabilidade
Estaduais
 





Você está em:
  • Notícias do setor »
  • Economia

Notícias do setor - Clipping dos principais jornais e revistas do Brasil

RSS Economia

01/10/2012 09:44 - BC vê êxito em medida para conter o crédito

Para a autoridade monetária, as ações tomadas no auge da crise vieram para ficar


As medidas de restrição ao crédito, lançadas pelo Banco Central (BC) para combater a inflação e riscos ao sistema financeiro durante a crise financeira internacional, vieram para ficar.

Estudo do diretor Luiz Awazu Pereira, que acumula as áreas internacional, gestão de riscos corporativos e regulação do sistema financeiro no BC, mostra que as chamadas medidas "macroprudenciais" tiveram sucesso no Brasil e servem de complemento ao instrumento tradicional de política monetária - a taxa básica de juros (Selic).

A análise do diretor foi publicada no início de agosto como o Texto para Discussão n.º 290 do BC, feito em parceria com o economista Ricardo Eyer Harris. O documento não representa necessariamente a visão do BC, mas de seus autores. No entanto, o texto possui abordagem bastante semelhante à de outros comunicados do BC, como Relatórios Trimestrais de Inflação.

"O Banco Central e o governo foram proativos em antecipar potenciais fontes de risco para a economia brasileira e seu sistema financeiro", aponta o documento. De acordo com os autores, um fator foi fundamental para que o Brasil lançasse mão das medidas de restrição ao crédito: as políticas de compra de ativos, conhecidas como "relaxamento quantitativo", promovidas por BCs dos EUA, Japão, Europa e Reino Unido.

"Os fluxos de capital adicionaram combustível para pressões inflacionárias locais (...), contribuíram para uma expansão excessiva do mercado de crédito ao reduzir custos de captação e relaxar padrões de crédito locais", afirmam os economistas. "Também enfraqueceram a transmissão do aperto monetário doméstico, já que os instrumentos de política monetária convencional operam essencialmente por meio dos custos de captação dos bancos."

Ou seja: ao imprimir quase US$ 3 trilhões para comprar ativos de bancos, hipotecas e títulos do Tesouro, o BC dos EUA (Fed) inadvertidamente provocava inflação e prejudicava a eficácia das decisões do BC brasileiro. Os bancos nacionais passaram a ter acesso a dinheiro mais barato lá fora, limitando o raio de ação das altas da Selic, que visam a controlar a inflação.

Nos países desenvolvidos, as autoridades monetárias partiram para a aquisição de títulos como forma de estimular investidores a colocar dinheiro em indústrias e projetos produtivos, reduzindo a atratividade de papéis de longo prazo. O problema, neste caso, é que a insegurança levou muitos investidores a continuar comprando esses papéis, apesar do rendimento menor, ou usar o dinheiro vindo dos BCs para investir em emergentes. Isso valorizou moedas locais, como o real.

Para evitar riscos ao sistema financeiro, o BC brasileiro atacou o mercado de crédito em vez de elevar mais o juro. Exigiu aumento nos depósitos compulsórios, um valor que os bancos precisam depositar no BC, aumentaram as exigências de capital para empréstimos e o governo taxou fluxos de dólares para o País, com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), entre outras.

O resultado das medidas, avaliam os autores, mostra o sucesso do País em lidar com os riscos dos fluxos de capital. "Uma combinação de políticas é efetiva envolvendo políticas monetária e macroprudencial para agir de forma complementar para garantir tanto a estabilidade financeira quanto macroeconômica."

Para o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, as mudanças na economia mundial causadas pela crise mostram que "ser banqueiro central é um jogo completamente diferente hoje do que há dez anos".

Ele concorda com a avaliação dos economistas do BC e avalia que a equipe liderada por Alexandre Tombini continuará usando os instrumentos prudenciais. "Medidas macroprudenciais dão conta de enfrentar o desafio. Não é só inflação, tem de pensar a estabilidade macroeconômica como um todo", afirmou.

Para Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco WestLB, "são medidas bastante efetivas". As macroprudenciais, diz, devem adiar altas da Selic daqui pra frente. "Quando houver necessidade de apertar as condições monetárias para conter a inflação, a gente vai ter um ranking de prioridades, começando com o uso de macroprudenciais, depois o câmbio e, por fim, os juros."


Veículo: O Estado de S.Paulo

Enviar para um amigo
Envie para um amigo
[x]
Seu nome:
E-mail:
Nome do amigo:
E-mail do amigo:
Comentário
 

 

Veja mais >>>

03/01/2025 10:43 - Pix já é a forma de pagamento mais usada no Brasil
28/06/2024 10:20 - GPA conclui processo de venda de postos de combustíveis
27/06/2024 09:00 - Grupo Zaffari anuncia investimento de R$ 1,5 bilhão em novos empreendimentos
24/06/2024 11:21 - Rede Festival implanta soluções para gestão de frota e reduz custos
21/06/2024 09:05 - Spani anuncia investimento de R$ 45 milhões com nova loja Paulínia
20/06/2024 09:06 - Flex Atacarejo prevê aumento nas vendas durante as festas juninas
18/06/2024 08:46 - ExpoSuper 2024 promete movimentar mais de R$ 1 bilhão no setor supermercadista catarinense
13/06/2024 09:25 - Com aquisição, rede britânica avança em foodservice
06/06/2024 09:30 - Festa Junina: supermercadistas esperam aumento nas vendas de produtos típicos
31/05/2024 10:19 - Consumidores americanos voltam a preferir supermercados
28/05/2024 09:06 - Varejista europeu busca expansão com abordagem múltipla
24/05/2024 10:05 - DM assina parceria com o Grupo Aliança
23/05/2024 08:50 - Trader Joe’s: consumidor quer valor, não preço
22/05/2024 09:28 - Paderrí investe na categoria de pães e bolos, trazendo maior valor agregado para o mercado
22/05/2024 09:22 - Satisfação do consumidor em abril atinge 77,95% na região Centro-Oeste do País

Veja mais >>>