Economia
14/02/2012 11:28 - Governo pede à China que limite vendas ao Brasil
O governo brasileiro pediu ao vice-primeiro-ministro chinês, Wang Qishang, em visita ao Brasil, a criação de mecanismos de "restrição voluntária" de exportações por parte de empresas chinesas de têxteis, confecções, calçados e eletroeletrônicos. A alternativa, argumentam as autoridades brasileiras, seria lançar mão de salvaguardas (barreiras temporárias à importação) a importações nesses setores, uma medida bem mais restritiva ao comércio.
Em discurso durante almoço com a delegação chinesa no Palácio do Itamaraty, o vice-presidente, Michel Temer, disse que o Brasil está preocupado "com o aumento maciço e indiscriminado de produtos chineses no mercado brasileiro", que provoca o "deslocamento da produção brasileira". Temer e Wang Qishan presidem a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível (Cosban), reunida ontem. "Daí porque falamos em um dimensionamento voluntário das exportações chinesas", afirmou o vice-presidente.
Temer, à saída do almoço da Cosban, admitiu informalmente que usou o termo "dimensionamento" como um substituto para "restrição" de exportações chinesas. O mecanismo se assemelharia ao adotado no comércio entre Brasil e Argentina, a pedido dos argentinos, que criaram, por exemplo, limites "voluntários" para as exportações de sapatos brasileiros.
Apesar das pressões de associações empresariais e de especialistas em comércio para que o Brasil aplique salvaguardas específicas contra a China, previstas pela Organização Mundial do Comércio (OMC), as autoridades brasileiras comentam reservadamente que a alternativa em análise é o recurso a salvaguardas gerais, que seriam impostas a produtos escolhidos, independentemente do país de origem. Essa medida evitaria discriminar a China, que considera inaceitável a adoção de salvaguardas específicas contra ela.
Enquanto as exportações do setor eletroeletrônico brasileiro para a China caíram 1% em 2011, as importações subiram 15% e chegaram a duplicar para produtos como celulares ou quase triplicar no caso dos modems, com aumento de 174%, segundo dados da Abinee, que reúne as empresas do setor. Levantamentos encaminhados ao governo mostram um crescimento acima da média na importação de produtos têxteis e confecções da China.
Veículo: Valor Econômico
Veja mais >>>
03/01/2025 10:43 - Pix já é a forma de pagamento mais usada no Brasil28/06/2024 10:20 - GPA conclui processo de venda de postos de combustíveis
27/06/2024 09:00 - Grupo Zaffari anuncia investimento de R$ 1,5 bilhão em novos empreendimentos
24/06/2024 11:21 - Rede Festival implanta soluções para gestão de frota e reduz custos
21/06/2024 09:05 - Spani anuncia investimento de R$ 45 milhões com nova loja Paulínia
20/06/2024 09:06 - Flex Atacarejo prevê aumento nas vendas durante as festas juninas
18/06/2024 08:46 - ExpoSuper 2024 promete movimentar mais de R$ 1 bilhão no setor supermercadista catarinense
13/06/2024 09:25 - Com aquisição, rede britânica avança em foodservice
06/06/2024 09:30 - Festa Junina: supermercadistas esperam aumento nas vendas de produtos típicos
31/05/2024 10:19 - Consumidores americanos voltam a preferir supermercados
28/05/2024 09:06 - Varejista europeu busca expansão com abordagem múltipla
24/05/2024 10:05 - DM assina parceria com o Grupo Aliança
23/05/2024 08:50 - Trader Joe’s: consumidor quer valor, não preço
22/05/2024 09:28 - Paderrí investe na categoria de pães e bolos, trazendo maior valor agregado para o mercado
22/05/2024 09:22 - Satisfação do consumidor em abril atinge 77,95% na região Centro-Oeste do País