Economia
17/01/2012 11:45 - Novembro teve maior alta do PIB em 19 meses
Indicador do BC mostra, no entanto, que economia cresceu só 2,9% no ano passado
A economia brasileira teve forte crescimento em novembro, após três meses de retração, segundo estimativa do Banco Central (BC). Indicador de atividade divulgado ontem confirmou as expectativas do governo de que a economia atingiu o "fundo do poço" no terceiro trimestre de 2011, quando teve "crescimento zero".
De lá para cá, a economia se recupera dos efeitos da crise externa, após uma série de medidas de incentivo ao consumo.
Os números ainda apontam, no entanto, para um desempenho abaixo do desejado pela equipe econômica, que já estuda novas medidas para estimular o crédito, conforme publicado ontem pelo Estado. O governo também deve anunciar em breve um corte de até R$ 70 bilhões no Orçamento, para permitir novas reduções da taxa básica de juros.
O índice de atividade econômica do BC (IBC-Br) mostrou expansão de 1,15% em novembro, na comparação com outubro. Esse é o maior crescimento mensal em 19 meses. Apesar do bom resultado, a alta acumulada no ano recuou novamente, para 2,9%. O Ministério da Fazenda projeta expansão pouco acima desse valor em 2011 e trabalha para garantir um crescimento mínimo de 4,5% em 2012.
O indicador de atividade do Banco Central é divulgado mensalmente e serve como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), calculado a cada três meses pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Acima da média. Muitos economistas já esperavam um resultado positivo para o "PIB do Banco Central" em novembro, principalmente após a divulgação, na semana passada, do aumento das vendas do varejo no mês. Mesmo assim, o IBC-Br ficou acima da média das previsões coletadas pela Agência Estado.
A confirmação de que a atividade econômica está mais aquecida provocou ontem alta nas taxas de juros negociadas no mercado financeiro, sinal de que a taxa básica pode cair menos que o esperado. Não houve alteração, no entanto, na previsão de que o BC vai reduzir a taxa Selic de 11% para 10,5% ao ano na reunião de amanhã do Comitê de Política Monetária (Copom).
A divulgação do indicador também reforçou as apostas de que o PIB voltou a crescer no último trimestre de 2011. Se o indicador ficar estável em dezembro, por exemplo, o PIB medido pelo IBC-Br cresce 0,04% no quarto trimestre e 2,7% em 2011.
"O número fez com que as pessoas que estavam prevendo um PIB negativo revisassem as projeções", disse o economista sênior do BES Investimento Brasil, Flávio Serrano.
A maioria dos economistas espera expansão maior no trimestre, mas descarta chegar aos 3% no acumulado do ano, o que exigiria crescimento acima de 1% entre outubro e dezembro.
Serrano projeta alta de até 0,6% no trimestre em relação aos três meses anteriores. O Santander estima expansão próxima de 0,5%. Bradesco e Itaú, de 0,4% e 0,2%, respectivamente. Para os primeiros meses de 2012, a expectativa é de continuidade na recuperação, com resultados mais fortes a partir do segundo semestre, quando os cortes de juros terão efeito mais forte sobre a atividade.
Se a inflação voltar a subir, no entanto, o BC pode rever a política de juros. Por isso, analistas ainda se dividem sobre a possibilidade de a taxa Selic cair a menos de 10% neste ano.
O Itaú, que também calcula um indicador de atividade, registrou crescimento de 0,4% em novembro e, segundo dados preliminares, verifica nova alta em dezembro, da mesma magnitude. De acordo com a instituição, a velocidade de expansão dependerá agora da evolução do cenário internacional e da reação da atividade doméstica a estímulos como aumento do salário mínimo, redução de impostos sobre eletrodomésticos e queda do juro real.
Veículo: O Estado de S.Paulo
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