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02/01/2012 10:19 - Varejo depende cada vez mais da China, alertam industriais

A importação de vestuário cresceu entre 45% e 62% neste ano, segundo associações ligadas ao segmento. Os números variam, mas as entidades concordam em dois pontos: as roupas importadas vêm tomando o mercado interno e a dependência do varejo é cada vez maior, o que estaria desbancando a produção nacional. Na contramão do comércio, que teve aumento de 4% nas vendas, a indústria têxtil e de confecção chegou ao fim de 2011 com baixa de 3,5% no volume produtivo.

Para o Sindivestuário, entidade que reúne três sindicatos do segmento, o descompasso entre fábrica e loja é explicado justamente pela maior penetração (62%) dos importados. E, neste caso, a China é o principal vilão.

Aos varejistas, uma camisa chinesa custa em média 40% a menos do que uma brasileira, calcula o economista Haroldo Silva, que dirige o sindicato. Além disso, de acordo com ele, 42% do preço final das peças tecidas no Brasil se devem a impostos - o que seria mais um argumento para explicar a busca dos varejistas por mercadorias de outros países, principalmente asiáticos.

Nos números da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) relativos aos últimos doze meses, o varejo de têxteis e confeccionados teve alta comercial de 5% a 5,5%, enquanto a atividade industrial amargou negativos 14,8% (tecidos) e 3,2% (vestuário). Houve, segundo a entidade, aumento de 45% nas importações de janeiro a outubro deste ano, em comparação ao mesmo período de 2010.

"Os grandes importadores, no caso dos vestuários, são os varejistas", afirmou o diretor-superintendente da Abit, Fernando Pimentel. Contudo, alguns industriais, em face da crise no segmento, estariam deixando de produzir para importar e distribuir mercadorias. "Há informações gerais do que acontece... a indústria estaria deixando de transformar para distribuir", comenta o representante.

De qualquer modo, "estamos empregando nosso mercado para uma produção externa totalmente desconectada", critica Pimentel, referindo-se à China, que responde por mais de dois terços dos importados que chegam ao País. A consequência para o varejo - considera o presidente da Abit - poderá vir mais tarde: se a indústria nacional for gradualmente derrotada pela concorrência externa, o setor comercial enfrentará dificuldades para encomendar roupas no Brasil.


Lei do mais barato

Mas o diretor-executivo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), Antônio Carlos Borges, discorda dos industriais. "A indústria vai ter que se acostumar. O varejista vende o bem, pouco importa se é produzido no País ou no exterior", afirmou ele: "a atividade industrial tem que melhorar a tecnologia, fazer um conjunto de ações para que o produto tenha qualidade e preço".

Questionado se o alto nível de importações não seria uma armadilha para o varejo brasileiro, que poderá se tornar dependente dos produtos asiáticos, Borges respondeu que "isso é uma falácia". "É saudosismo. É o pessoal da produção sempre preocupado em que [o Governo Federal] crie uma barreira, porque quer mercado cativo, mercado interno. Isso é muito mais um jogo para criar condições políticas para o fechamento da economia - e o comércio é contra isso desde sempre".

"Eu não vou atirar pedras contra a China porque o trabalho lá é escravo. Para nós, isso não importa. Se eles conseguem colocar o produto aqui por um preço mais baixo do que o brasileiro, a indústria brasileira tem que melhorar sua eficiência para ser competitiva", declarou Borges ao DCI, durante um evento, em dezembro, na sede da Fecomercio-SP.


Ventos de fora

Alguns fatores intensificam o fluxo de vestuário estrangeiro que entra no Brasil: enquanto a Europa sofre de uma crise que afeta o consumo, o mercado brasileiro está aquecido; no segundo semestre do ano passado, o algodão encareceu no País, o que ainda se reflete no valor das roupas fabricadas aqui; o câmbio chinês, artificialmente desvalorizado, e a mão de obra barata no país asiático tornam os preços imbatíveis.

O setor industrial, no segmento têxtil e de confecção, reuniu-se com o governo federal no final de novembro para discutir medidas que possam proteger as fábricas da concorrência externa. Os representantes esperavam se encontrar, ainda neste ano, com o Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Fernando Pimentel, para obter benefícios fiscais.

Nesta semana, o ministro da Fazendo, Guido Mantega, anunciou que em três meses levará à Organização Mundial do Comércio (OMC) uma petição para encarecer a entrada de produtos estrangeiros, especialmente do mercado têxtil, no País. Isso se daria com a cobrança de uma tarifa ad rem, ou seja, fixa - em vez de ad valorem, que incide sobre o valor das peças. "Já ouvi sobre ternos chegando ao Brasil por US$ 3. Isso não paga nem o botão", disse.


Veículo: DCI

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