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27/12/2011 08:15 - Brasil irá "patinar" em 2012

Mercado interno continuará como o fiel da balança no desempenho econômico do país.


O crescente poder de consumo do mercado interno, responsável por segurar praticamente sozinho a economia brasileira em 2011, continuará a ser a peça-chave do desempenho econômico do país, garantindo expansão também no próximo ano. No entanto, a permanência das adversidades no cenário internacional e a estimativa de mais um ano de fraca atividade industrial não permitirão que o Brasil retome os índices de crescimento de 7,5% registrados em 2010. Segundo especialistas, a alta prevista para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 é de 3,5%, apenas meio ponto percentual acima da projeção de 3% de elevação feita pelo Banco Central para este exercício.

De acordo com as previsões já divulgadas pelo mercado, o consumo interno deverá registrar, em 2012, expansão de 5%, aumento de um ponto percentual em relação a este ano e queda de dois pontos percentuais ante 2010. Os investimentos em infraestrutura, que também são grandes responsáveis pela expansão da economia, devem alcançar incremento de 3,5% no próximo ano na comparação com 2011, ano em que houve crescimento de apenas 1% em relação a 2010, em que os aportes em infraestrutura aumentaram 21%.

Já o desempenho da indústria, que deve registrar alta de 1% neste ano, continuará em baixa. A expectativa é de que, em 2012, o setor produtivo cresça 3,5%. Em 2010, o índice de expansão alcançou 10%.

"Vai haver crescimento, mas em níveis ainda tímidos, que não representarão uma retomada econômica do país. Os investimentos em infraestrutura, que estimulam o desenvolvimento, não serão altos o suficiente para causarem impactos. A fraca atividade industrial, por sua vez, é preocupante porque significa que estão deixando de ser gerados postos de trabalho no setor que responde pela criação de empregos de maior qualidade, estabilidade e remuneração. Este fator impacta diretamente no poder de consumo das famílias, que também já está sendo afetado pelo seu alto nível de endividamento e pela inflação, que corrói o poder de compra, enfraquecendo a representatividade do mercado doméstico", analisa a professora de economia da FGV/IBS Virene Roxo Matesco.

Além disso, os investimentos estrangeiros diretos (IED) também diminuirão no próximo ano, ainda segundo as perspectivas do mercado. Em 2011, o volume a ser alcançado somará aproximadamente US$ 65 bilhões. Em 2012, a projeção é de que sejam contabilizados US$ 55 bilhões, uma queda de 15%. Neste exercício, o país também registrou o maior déficit da história em transações correntes, que já atingiu US$ 55 bilhões, e para o próximo ano este recorde deve ser quebrado, alcançando um saldo negativo de US$ 65 bilhões.

"Apesar de as reservas cambiais proporcionarem uma importante salvaguarda para o país, o preço que o Brasil paga por elas é alto porque o custo fiscal é elevado, uma vez que a diferença entre os juros que o país paga e a lucratividade com os juros internacionais é enorme.  como se pegássemos o dinheiro do cheque especial e aplicássemos na poupança. Quando estes investimentos estrangeiros cessarem, veremos o prejuízo", alerta a professora da FGV/IBS.

Por outro lado, os gastos governamentais, que também impactam diretamente no desempenho econômico do país, tendem a aumentar. A projeção é de que, após um aumento de 1,5% em 2011, as despesas do Poder Executivo sejam elevadas em 3,2% no próximo ano, impulsionada pelas eleições municipais que ocorrerão em outubro. Em 2010, os gastos do governo tiveram alta de 3,3% ante 2009.


Exportações - As exportações também devem aumentar em 2012, atingindo US$ 270 bilhões até o fim do próximo exercício, conforme estimativas de mercado. Segundo Virene Matesco, a ligeira recuperação dos Estados Unidos, a demanda da China e o aumento das vendas à Argentina serão responsáveis pela elevação. "Estes são os três principais mercados para o Brasil, o que torna positivas as perspectivas de incremento. A economia chinesa, ainda que tenha dado sinais de desaceleração, continua crescendo em ritmo forte, o que favorece o nosso país", explica.

Na avaliação do professor de economia do Ibmec Márcio Antônio Salvato, além dos segmentos de serviço e comércio, os setores da construção civil e aqueles cuja produção é voltada para o mercado interno trarão mais fôlego à economia brasileira em 2012.

"A combinação dos fatores déficit habitacional e aumento do poder aquisitivo da população fará com que estes segmentos se mantenham aquecidos, impulsionando os resultados. Mas para que a indústria de um modo geral seja beneficiada, é preciso que o governo tome medidas que recuperem a competitividade da atividade", ressalta.

Porém, o especialista não acredita que serão implementadas medidas mais significativas para o setor, como desonerações tributárias e trabalhistas, que diminuiriam os custos de produção. "Não creio que haverá reformas profundas nestas áreas. O governo deve optar por ações paliativas, que é o que já tem sido feito, como a redução da alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Estas medidas minimizam, mas não resolvem o problema, o que significa que são insuficientes para dinamizar a cadeia produtiva e a economia como um todo", afirma Salvato.


Veículo: Diário do Comércio - MG

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