Economia
06/12/2011 11:01 - Estabilidade amplia total de micro e pequenas empresas
O número de proprietários de micro e pequenas empresas no Brasil aumentou em 2,7 milhões de 2000 para 2009. O total de empreendedores chegou a 22,9 milhões, o que representa 22,7% da população economicamente ativa do País. Deste total, quase 19 milhões são profissionais autônomos que conduzem o próprio negócio e 3,9 milhões são empresários que empregam trabalhadores. Os dados constam no Anuário do Trabalho da Micro e Pequena Empresa, divulgado ontem pelo Sebrae.
De acordo com o presidente da entidade, Luiz Barretto, a estabilização da economia nacional na última década criou oportunidades para abertura de negócios, situação diferente da verificada em períodos anteriores, quando a necessidade do trabalhador motivava a criação de uma empresa. "O empreendimento motivado por oportunidade tem característica de maior formalização e longevidade, diferente do negócio aberto como último recurso do trabalhador", afirmou. "A formação de um mercado interno mais vigoroso na última década proporcionou oportunidades."
O anuário destaca ainda o aumento da escolaridade da população como fator que impulsionou a abertura de novos negócios entre 2000 e 2009. Quase dois terços, ou 60,1% dos empregadores possuíam em 2009 ao menos o ensino médio completo. Entre os trabalhadores por conta própria esse número chegou a 29,4%. "O aumento da taxa de sobrevivência é um reflexo do crescimento da escolaridade nas micro e pequenas empresas", lembrou Barretto, ao citar estudo do Sebrae que apontou, em outubro, que a cada 100 micro e pequenas empresas abertas no País 73 permanecem em atividade após os primeiros dois anos de existência, período considerado crítico.
Setores
O estudo do Sebrae mostra que o setor de serviços aumentou sua participação no total de micro e pequenas empresas. Em 2000, 29,9% delas se encontravam neste ramo de atividade. Dez anos depois o percentual subiu para 33,3%. A maior parte das micro e pequenas está no comércio (51,5%), participação que caiu em relação ao ano 2000, quando a parcela era de 54,7%. "Comércio e serviços são atividades diretamente ligadas ao emprego e à renda, que tiveram seus níveis elevados nesta década", disse o presidente do Sebrae.
Ainda conforme o anuário, do total de 6,1 milhões de micro e pequenas empresas do País 69,3% estão em cidades do interior. O presidente do Sebrae afirma que nos últimos dez anos houve no Brasil um aumento de renda nas cidades do interior, impulsionado principalmente pelo agronegócio e por obras públicas de infraestrutura. "O interior ganhou em capacidade de consumo e de oportunidades", diz.
Renda
O salário dos trabalhadores empregados em micro e pequenas empresas do País cresceu em média 14,3% (em valores reais, já descontada a inflação) entre 2000 e 2010, praticamente três vezes mais que o reajuste de 4,3% da remuneração paga pelas médias e grandes empresas.
O Anuário do Trabalho da Micro e Pequena Empresa mostra que, na década, houve uma queda na diferença da média salarial do segmento em relação ao pago pelas médias e grandes empresas. Em 2000, o salário médio do segmento era 43,8% menor. Já em 2010 quem trabalhava em micro ou pequena empresa recebeu em média 38,4% a menos.
O estudo aponta que 81,4% dos trabalhadores do setor ganham até dois salários mínimos, sendo que 37,3% recebem até um salário mínimo. De acordo com o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, a ampliação do salário mínimo, verificada na década, resultou no aumento médio dos vencimentos nas micro e pequenas empresas superior aos das médias e grandes empresas.
Nas micro e pequenas empresas, o salário médio pago passou de R$ 961 em 2000 para R$ 1.099 em 2010. Já entre as grandes e médias o salário foi de R$ 1.711 em 2000 para R$ 1.786 em 2010. As remunerações pagas pelas micro e pequenas representam 40% da massa salarial total de todo o País.
O presidente do Sebrae disse que as políticas de valorização do salário mínimo são fundamentais para a remuneração paga pelas micro e pequenas e que a tendência verificada nesta última década tende a se manter em 2012 por conta do aumento programado de 14%. "Esse cenário vai se manter em 2012. O aumento expressivo do mínimo vai ter um forte impacto nas micro e pequenas empresas", disse Barretto durante a apresentação
Escolaridade
Barretto destaca também como um motivo para o crescimento dos salários nas micro e pequenas empresas o aumento da escolaridade da população brasileira. A maior parte dos trabalhadores desse setor (50,1%) possuía em 2010 ensino médio completo ou superior incompleto. Em 2000, esse nível de escolaridade representava 23,9% da mão de obra. Em 2000, 71,3% dos empregados possuíam escolaridade básica incompleta. Dez anos depois, essa faixa caiu para 44,2%.
Veículo: DCI
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