Economia
25/10/2011 10:40 - Alimento e combustível puxam inflação para baixo
Os preços dos alimentos e dos combustíveis estão ajudando a puxar a taxa de inflação de outubro para baixo e já levaram os analistas de mercado a reduzir levemente suas estimativas para o IPCA do ano. Ontem, o Boletim Focus - pelo qual o Banco Central coleta estimativas do mercado para uma série de indicadores - mostrou que, após se manter em 6,52% por quatro semanas seguidas, a mediana de estimativas dos analistas consultados recuou para 6,5% - dentro, portanto, do teto da meta de inflação estipulada pelo BC.
Pelos dados do Índice de Preços ao Consumidor -Semanal (IPC-S) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgados ontem, o recuo no ritmo de alta dos preços continuou na terceira semana de agosto. O IPC-S recuou de 0,39% para 0,31% entre a segunda e a terceira medição de outubro, puxado por taxas menores em seis dos sete grupos que o compõem.
O grupo de transportes registrou deflação e ficou em menos 0,02% na terceira semana de outubro, após alta de 0,13% na leitura anterior. O álcool combustível deixou elevação de 0,53% para queda de 0,26% no período, e gasolina saiu de variação nula para retração de 0,19%. "Como esses dois itens pesam muito, essa queda não passa despercebida", diz André Braz, economista da Fundação Getulio Vargas.
Alimentos também ajudaram - a inflação do segmento passou de 0,17% para 0,03% entre a segunda e a terceira semana de outubro. Braz espera que o recuo na taxa dos alimentos dentro do IPC-S se mantenha até o fim do mês, mas a tendência é que os preços do grupo voltem a ter aceleração na segunda quinzena de novembro.
Para o economista Thiago Curado, da Tendências Consultoria, a surpresa com a desaceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de outubro motivou a revisão para baixo das expectativas de inflação para 2011 no boletim Focus.
O IPCA-15 de outubro teve recuo pouco maior do que o esperado pelos economistas em relação a setembro. O indicador se desacelerou de 0,53% para 0,42%, graças à suavização do ritmo de alta dos alimentos. Após a divulgação do índice, Curado revisou de 0,50% para 0,45% sua projeção para o IPCA de outubro, mas ainda não mexeu em sua estimativa de IPCA acima do teto da meta - em 6,6% - para 2011.
A economista Alessandra Ribeiro, também da Tendências, entende que a mudança do humor do mercado com relação ao comportamento do IPCA em 2012 está associada às persistentes quedas da previsão de crescimento da economia e, por consequência, de desaquecimento da demanda por bens e serviços.
Já o motivo que levou o mercado a rever para baixo a inflação projetada para 2011 foi outro. A mediana voltou a ficar dentro do intervalo da meta principalmente em função do comportamento dos preços dos alimentos, "que foi menos ruim do que o esperado", diz.
Veículo: Valor Econômico
Veja mais >>>
03/01/2025 10:43 - Pix já é a forma de pagamento mais usada no Brasil28/06/2024 10:20 - GPA conclui processo de venda de postos de combustíveis
27/06/2024 09:00 - Grupo Zaffari anuncia investimento de R$ 1,5 bilhão em novos empreendimentos
24/06/2024 11:21 - Rede Festival implanta soluções para gestão de frota e reduz custos
21/06/2024 09:05 - Spani anuncia investimento de R$ 45 milhões com nova loja Paulínia
20/06/2024 09:06 - Flex Atacarejo prevê aumento nas vendas durante as festas juninas
18/06/2024 08:46 - ExpoSuper 2024 promete movimentar mais de R$ 1 bilhão no setor supermercadista catarinense
13/06/2024 09:25 - Com aquisição, rede britânica avança em foodservice
06/06/2024 09:30 - Festa Junina: supermercadistas esperam aumento nas vendas de produtos típicos
31/05/2024 10:19 - Consumidores americanos voltam a preferir supermercados
28/05/2024 09:06 - Varejista europeu busca expansão com abordagem múltipla
24/05/2024 10:05 - DM assina parceria com o Grupo Aliança
23/05/2024 08:50 - Trader Joe’s: consumidor quer valor, não preço
22/05/2024 09:28 - Paderrí investe na categoria de pães e bolos, trazendo maior valor agregado para o mercado
22/05/2024 09:22 - Satisfação do consumidor em abril atinge 77,95% na região Centro-Oeste do País