Economia
08/04/2011 10:20 - Vendas a prazo recuam e inadimplência cresce no comércio varejista
Resultados negativos acendem a luz amarela e devem restringir a concessão de crédito ao consumidor
As vendas a prazo no comércio varejista recuaram 5,17% em março em relação ao mesmo mês de 2010, enquanto a inadimplência aumentou 4,32%, de acordo com dados divulgados ontem pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Além disso, o número de consumidores que conseguiram retirar o nome do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) caiu 8,69% na mesma comparação.
Os resultados acenderam de vez a luz amarela no comércio varejista, que deve se tornar mais seletivo na concessão de crédito a partir de agora. Na avaliação do presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pelizzaro Junior, todos os indicadores do mês passados foram negativos.
"O perfil do consumo piorou. Reduzimos as vendas, aumentamos a inadimplência e pioramos a recuperação de crédito", afirmou Pelizzaro.
"A luz já está bem amarela e a situação está ficando preocupante. Como a inadimplência deve continuar subindo, o varejo vai se tornar mais exigente na concessão de crédito. O comércio vai ficar mais cauteloso e o processo nas vendas a prazo será mais seletivo", completou.
Foco errado. Para Pelizzaro, o comércio varejista está sentindo os efeitos do ciclo de aperto monetário implementado pelo governo via aumento dos juros para conter a inflação. Para o executivo, no entanto, as medidas tomadas pela equipe econômica até agora têm o foco errado.
"As medidas são inócuas, porque foram tomadas para restringir o crédito, sendo que a inflação tem crescido justamente nos segmentos que não dependem do crédito, como alimentação, habitação e transporte. Ninguém compra bife a prazo", afirmou.
Além disso, acrescentou, o aumento do salário mínimo injetará bilhões de reais na economia, impulsionando ainda mais o consumo dos bens básicos que têm pressionado a inflação.
Por isso, avaliou Pelizzaro, apesar do câmbio valorizado ser prejudicial à economia do País no médio prazo, no momento o dólar baixo estaria ajudando a conter os preços.
"Os importados ajudam a cobrir essa diferença entre demanda e oferta. O problema é que o aumento dos juros também tende a reduzir os investimentos, o que pode piorar ainda mais essa relação", concluiu.
Veículo: O Estado de S. Paulo
Veja mais >>>
03/01/2025 10:43 - Pix já é a forma de pagamento mais usada no Brasil28/06/2024 10:20 - GPA conclui processo de venda de postos de combustíveis
27/06/2024 09:00 - Grupo Zaffari anuncia investimento de R$ 1,5 bilhão em novos empreendimentos
24/06/2024 11:21 - Rede Festival implanta soluções para gestão de frota e reduz custos
21/06/2024 09:05 - Spani anuncia investimento de R$ 45 milhões com nova loja Paulínia
20/06/2024 09:06 - Flex Atacarejo prevê aumento nas vendas durante as festas juninas
18/06/2024 08:46 - ExpoSuper 2024 promete movimentar mais de R$ 1 bilhão no setor supermercadista catarinense
13/06/2024 09:25 - Com aquisição, rede britânica avança em foodservice
06/06/2024 09:30 - Festa Junina: supermercadistas esperam aumento nas vendas de produtos típicos
31/05/2024 10:19 - Consumidores americanos voltam a preferir supermercados
28/05/2024 09:06 - Varejista europeu busca expansão com abordagem múltipla
24/05/2024 10:05 - DM assina parceria com o Grupo Aliança
23/05/2024 08:50 - Trader Joe’s: consumidor quer valor, não preço
22/05/2024 09:28 - Paderrí investe na categoria de pães e bolos, trazendo maior valor agregado para o mercado
22/05/2024 09:22 - Satisfação do consumidor em abril atinge 77,95% na região Centro-Oeste do País