O varejo brasileiro desenha para 2011 ritmo similar ao do bom crescimento do ano passado, quando as empresas de alguns segmentos dispararam em lucratividade e o número de lojas subiu. Só a área de shopping centers deve superar R$ 100 bilhões este ano, ante o faturamento de R$ 93 bilhões visto no ano passado. Além disso, pela primeira vez o interior terá a maior abertura de novos empreendimentos, ante as capitais. Até 2013 serão investidos cerca de R$ 6,331 bilhões em 124 novos centros de compras no País - a maioria no sudeste.

Segundo Nabil Sahyoun, presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), este já era um processo esperado pelas construtoras que acompanham o aumento inflacionado dos terrenos nos principais pontos comerciais do País. "As grandes cidades estão congestionadas de empreendimentos e o preço do metro quadrado está elevado", diz. Hoje, saem na frente em novos malls a BRMalls, que prevê 40 shoppings em dois anos, e a Aliansce, com 26 centros de compras. Multiplan, Grupo Jereissati, General Shopping e Sonae Sierra variam de 11 a 15 novas unidades cada uma, estima a entidade.

Outro ramo que impressiona é o supermercadista, pois as 20 maiores redes cresceram 20,1% ano passado, ao somar R$ 115,8 bilhões, conforme dados da Nielsen. No total, o faturamento do setor foi R$ 200,1 bilhões - 13,9% a mais do que em 2009, com destaque não só à venda de alimentos, mas à atuação diversificada: eletroeletrônicos, medicamentos, itens para o atacado e combustíveis, além de fast-food.

Na venda pela internet, a briga aumenta, com a Nova Pontocom, que une operações do Grupo Pão de Açúcar e nasce como vice-líder no Brasil, com faturamento de R$ 2,7 bilhões, em 2010. Ela segue a B2W e pequenos comerciantes, para quem pretende prestar serviços de e-commerce.

Veículo: DCI