Economia
16/09/2010 10:53 - Brasil não vai fazer concessões em têxteis, automóveis e máquinas
Resistências devem limitar impacto de acordo comercial com outros dez países emergentes e o Mercosul
O Brasil não fará concessões no setor têxtil, automotivo e de bens de capital em acordo com outros dez países emergentes e o Mercosul. Nesta semana, diplomatas desses países tentam fechar em Genebra um entendimento comercial para ampliar o fluxo de exportações e dar um recado político de que o mundo em desenvolvimento não ficará aguardando um avanço da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Mas o impacto comercial do novo tratado deve ser limitado. O Brasil, principal incentivador do projeto, não aceitará reduzir tarifas de importação para os setores considerados sensíveis. Muitos dos demais países, como a Coreia do Sul e o Egito, rejeitam incluir produtos agrícolas na lista, impedindo a ampliação das exportações brasileiras.
No fim de 2009, ministros aproveitaram uma reunião em Genebra para anunciar um acordo Naquele momento, o anúncio serviu como arma para demonstrar que a culpa pelo fracasso de um tratado de liberalização maior seria dos países ricos.
Mas, ao trocar listas de produtos de cada pais, a constatação dos negociadores é de que muito vai ficar de fora. O projeto entre os emergentes foi lançado em São Paulo em 2004 por iniciativa do Brasil. O Itamaraty, desde então, teve de reduzir suas ambições para o que ficou conhecido como Rodada São Paulo. No lugar de um corte de 40% de tarifas entre os emergentes, o acordo estabeleceu uma redução de 20%.
A liberalização será válida para 70% do comércio de um país. Praticamente um a cada três produtos em cada país poderá continuar a ser protegido
Impacto. Há décadas os emergentes tentam um acordo. Nos anos 80, o mesmo projeto fracassou. Agora, a opção foi por um entendimento apenas para facilitar o comércio, e não para acabar com tarifas. No caso do Brasil, a hesitação em abrir ocorre diante da presença da Coreia do Sul, um importante exportador de veículos, e de exportadores de têxteis, como Egito e Paquistão.
O governo admite que, por enquanto, não sabe qual pode ser o impacto do acordo para as exportações nacionais. Há dois anos, o ex-embaixador do Brasil em Genebra, Clodoaldo Hugueney, chegou a dizer que o acordo poderia facilitar a exportação de cerca de 15% do total das vendas do País no exterior. A ONU também já fez seus cálculos. Mas deixou claro que as exportações asiáticas seriam as mais beneficiadas com o projeto.
Veículo: O Estado de S.Paulo
Veja mais >>>
03/01/2025 10:43 - Pix já é a forma de pagamento mais usada no Brasil28/06/2024 10:20 - GPA conclui processo de venda de postos de combustíveis
27/06/2024 09:00 - Grupo Zaffari anuncia investimento de R$ 1,5 bilhão em novos empreendimentos
24/06/2024 11:21 - Rede Festival implanta soluções para gestão de frota e reduz custos
21/06/2024 09:05 - Spani anuncia investimento de R$ 45 milhões com nova loja Paulínia
20/06/2024 09:06 - Flex Atacarejo prevê aumento nas vendas durante as festas juninas
18/06/2024 08:46 - ExpoSuper 2024 promete movimentar mais de R$ 1 bilhão no setor supermercadista catarinense
13/06/2024 09:25 - Com aquisição, rede britânica avança em foodservice
06/06/2024 09:30 - Festa Junina: supermercadistas esperam aumento nas vendas de produtos típicos
31/05/2024 10:19 - Consumidores americanos voltam a preferir supermercados
28/05/2024 09:06 - Varejista europeu busca expansão com abordagem múltipla
24/05/2024 10:05 - DM assina parceria com o Grupo Aliança
23/05/2024 08:50 - Trader Joe’s: consumidor quer valor, não preço
22/05/2024 09:28 - Paderrí investe na categoria de pães e bolos, trazendo maior valor agregado para o mercado
22/05/2024 09:22 - Satisfação do consumidor em abril atinge 77,95% na região Centro-Oeste do País