Economia
09/08/2010 08:53 - Salário inicial sobe 27% em sete anos
Rendimento médio, já descontada a inflação, sobe de R$ 651 para R$ 829, mas alta apenas recupera perdas ocorridas em 2002
Os brasileiros que entram hoje no mercado de trabalho ganham 27% a mais que no início do governo Lula. O salário médio dos trabalhadores formais (com carteira assinada) recém-admitidos subiu de R$ 651,5 em janeiro de 2003 para R$ 829 em junho deste ano.
Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, e foram corrigidos pelo Índice Nacional de Preços do Consumidor (INPC). O ajuste compensa as perdas provocadas pela inflação e torna os valores comparáveis.
Os salários médios iniciais estão entre os mais baixos da economia, porque incluem jovens com pouca experiência e pessoas que estavam desempregadas. É uma ótima notícia que a remuneração desse grupo tenha crescido, mas a vantagem não é tão significativa quanto parece.
Em outubro de 2001, um trabalhador recém-contratado recebia R$ 835. Os salários iniciais, portanto, apenas recuperaram os patamares do início da década.
Queda de salário. Em 2002 - um ano de crise e inflação em meio aos temores que o Partido dos Trabalhadores (PT) assumisse o poder - os salários despencaram.
"Houve uma recomposição do valor real do salário graças ao crescimento sustentado da economia entre 2004 e 2008", disse o economista da LCA Consultores, Fábio Romão.
"Mas é natural que a renda cresça mais devagar que o emprego", observou Romão.
A recuperação do poder de compra dos salários estimula o consumo e ajuda a manter o bom desempenho da economia brasileira, mesmo em meio à crise global. Mas traz preocupações com a inflação, porque pode pressionar os custos das empresas.
Pirataria. Segundo especialistas, a falta de mão de obra qualificada já provoca "pirataria" no mercado de trabalho, com empresas oferecendo salários mais altos e "roubando" funcionários dos concorrentes.
Outros fatores também explicam o crescimento da remuneração inicial dos brasileiros: os sucessivos reajustes do salário mínimo, os generosos aumentos concedidos ao servidores públicos, e o maior poder de barganha dos sindicatos nas negociações.
"Poucos recebem salário mínimo, mas é uma referência importante na economia, que pressiona as menores remunerações", explica o professor da Universidade de São Paulo (USP), José Pastore. "Além disso, os reajustes do setor público têm sido mais altos que nas empresas. Esses dois mercados se comunicam", completou Pastore.
Em termos reais (descontada a inflação), o salário mínimo saltou de R$ 304 em dezembro de 2002 para os atuais R$ 510 - uma alta de 67,8% durante o governo Lula.
As centrais sindicais estão propondo elevar o mínimo para R$ 570 em 2011.
Veículo: O Estado de S.Paulo
Veja mais >>>
03/01/2025 10:43 - Pix já é a forma de pagamento mais usada no Brasil28/06/2024 10:20 - GPA conclui processo de venda de postos de combustíveis
27/06/2024 09:00 - Grupo Zaffari anuncia investimento de R$ 1,5 bilhão em novos empreendimentos
24/06/2024 11:21 - Rede Festival implanta soluções para gestão de frota e reduz custos
21/06/2024 09:05 - Spani anuncia investimento de R$ 45 milhões com nova loja Paulínia
20/06/2024 09:06 - Flex Atacarejo prevê aumento nas vendas durante as festas juninas
18/06/2024 08:46 - ExpoSuper 2024 promete movimentar mais de R$ 1 bilhão no setor supermercadista catarinense
13/06/2024 09:25 - Com aquisição, rede britânica avança em foodservice
06/06/2024 09:30 - Festa Junina: supermercadistas esperam aumento nas vendas de produtos típicos
31/05/2024 10:19 - Consumidores americanos voltam a preferir supermercados
28/05/2024 09:06 - Varejista europeu busca expansão com abordagem múltipla
24/05/2024 10:05 - DM assina parceria com o Grupo Aliança
23/05/2024 08:50 - Trader Joe’s: consumidor quer valor, não preço
22/05/2024 09:28 - Paderrí investe na categoria de pães e bolos, trazendo maior valor agregado para o mercado
22/05/2024 09:22 - Satisfação do consumidor em abril atinge 77,95% na região Centro-Oeste do País