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08/03/2010 08:40 - Debate sobre câmbio torna-se prévia da corrida presidencial

Seminário na Fundação Getulio Vargas (FGV) sobre perspectivas para o câmbio, na sexta-feira, pode ter sido uma prévia do embate econômico durante a campanha presidencial. De um lado, especialistas que tendem mais ao PSDB, defendem que o governo brasileiro tome medidas para conter a alta volatilidade do câmbio, estanque a entrada de produtos manufaturados, principalmente da China e deprecie o real perante o dólar. Do outro o ministro Guido Mantega apoia o regime de câmbio livre.


Ao DCI, o ex-ministro da Fazenda Luiz Carlos Bresser-Pereira disse que o governo brasileiro deve adotar medidas mais ríspidas contra a valorização da moeda norte-americana. "O Brasil teve a coragem de taxar o capital externo com o IOF em 2%, causando alguma depreciação no câmbio, o que foi bom. Agora, precisa ter uma atitude mais forte para baixar mais, pois o real continua apreciado e inviabiliza o desenvolvimento do parque industrial nacional do Brasil."


O ex-ministro ressaltou que é necessário um debate para estruturar medidas. "Se não tomarmos providência o Brasil continuará a crescer a metade ou um terço do que cresce a China."


Na visão do diretor e professor da FGV-SP, Yoshiaki Nakano, o Brasil defasou muito o parque industrial no setor de manufaturados. Ele fez um levantamento, tomando por base os períodos de 1996 a 2002 e 2002 até 2007, no qual mostra que o investimento em área de indústria de commodities cresceu 222,3%, enquanto o setor de tecnologia os manufaturados tiveram queda de 5,3%.


Segundo ele, a conseqüência imediata da desvalorização do câmbio é a inundação de produtos importados e prejuízos para a balança comercial. "Cada vez mais importamos produtos industrializados e componentes. Mandamos empregos para fora."


Nakano analisa que a China e os países asiáticos atrelaram suas moedas ao dólar, desde julho de 2008. "A maior economia do mundo e maior exportador faz guerra cambial contra o resto. O que os outros países tem de fazer? Evitar a apreciação das moedas e para isto tem de acumular reservas. É preciso intervir, mas o Banco Central não faz isto. O passo seguinte é evitar a apreciação."


Quando questionado sobre qual seria o patamar ideal para que o governo comece a agir, o acadêmico apenas sorriu.


Perguntado se comprar e vender dólar sem avisar o mercado antecipadamente é uma medida de proteção. "Não. Temos de intervir e localizar o problema. Se for no mercado futuro, temos de medidas corretas e quebrar tabus. A definição de cambio flutuante é reserva fixa e não aumentar."


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, mostrou-se otimista com a expansão econômica neste ano, com a inflação sob controle e contas públicas organizadas, o que "torna o País um dos grandes atrativos para investimentos em diversas áreas da economia", advertiu.


Para Mantega "não vale tomar medidas que possam perturbar o mercado, mas é uma situação que deveria ser resolvida. E o melhor seria uma solução em conjunto. É melhor do que cada um fazer o que é melhor para si. A China, hoje, pensa só em si própria e não quer nem saber qual é a consequência para outros países."


O ministro avaliou como bem-sucedida a imposição do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre fluxo estrangeiro para bolsa e renda fixa. "A partir do segundo semestre de 2009, com a situação da crise mundial sob controle, os fluxos de capital começaram a aumentar e o Brasil era o endereço preferido. Resolvemos adotar o IOF e dali em diante a volatilidade diminuiu."


Ele avalia que a medida enxugou a liquidez da moeda norte-americana. "Naquele momento, o dólar estava em R$ 1,70 e tendia a ficar abaixo disso. Com o IOF, isso foi estancado e, portanto, a medida foi bem sucedida"


Uma das medidas cogitada para conter a desvalorização da moeda americana é a aquisição de dólares através do Fundo Soberano, que foi regulamentado no ano passado para manter a poupança primária. "Tínhamos uma arrecadação boa quando a economia ia bem, então decidimos não gastar e poupar para ter os recursos à disposição de medidas anticíclicas. O fundo é autorizado a adquirir dólares no mercado por meio de leilões, tal qual o Banco Central (BC), e utiliza recursos do Tesouro. A vantagem é que o fundo não tem limite."


No caso do governo usar o fundo soberano para comprar dólares, o professor da FGV, Yoshiaki Nakan, ratificou o discurso de Mantega. "O fundo está autorizado a emitir títulos à vontade. Isso gera proventos para o BC e por isso, o governo não o fez até agora. Se o câmbio desandar e cair, o governo deve adotar a medida."


O câmbio antecipa o debate econômico da campanha presidencial. Economistas tucanos defendem atuação forte do Banco Central, e Guido Mantega defende o câmbio livre.

 

Veículo: DCI

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