Economia
18/02/2010 08:13 - Mercado eleva estimativa para a inflação
Pela quarta semana consecutiva, o mercado financeiro aumentou suas previsões para a inflação em 2010. Pesquisa semanal divulgada ontem pelo Banco Central (BC) mostra que analistas elevaram a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4,78% para 4,8% neste ano.
Com essa alta, o número previsto se afasta ainda mais do centro da meta de inflação do governo, de 4,5%. Diante do quadro, analistas mantiveram a estimativa de que o juro básico, a Selic, deve subir 2,5 pontos porcentuais a partir de abril, para atingir 11,25% no fim do ano.
As previsões para a inflação têm subido de forma consistente desde meados de janeiro na pesquisa do BC. O comportamento das estimativas mostra que a pressão está nos preços do varejo, como no IPCA, e também do atacado, como no Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M), que subiu de 4,84% para 5,26% em uma semana. Nesse indicador, 60% dos preços são pesquisados no atacado.
"O cenário inflacionário para 2010 parece estar se confirmando cada vez mais preocupante. A variação do IPCA no primeiro trimestre deve ser próxima de 2%, nível bastante superior à projeção do BC de 1,53%, dificultando um cenário de IPCA em 4,5% no fim deste ano", destaca em relatório a economista-chefe da Rosenberg Associados, Thaís Zara.
Boa parte da pressão é explicada pelo aumento do ritmo da economia brasileira. Após o fraco desempenho de 2009, analistas preveem recuperação da atividade neste ano, o que aumenta a demanda e cria espaço para reajuste nos preços.
A pesquisa Focus também revelou que a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010 foi mais uma vez elevada, de 5,35% para 5,47%.
Com a inflação ascendente, os analistas mantiveram a previsão de aumento na Selic. Na avaliação do mercado, o BC terá de aumentar a taxa para tentar conter parte da demanda e, assim, manter a inflação dentro da meta.
Pelo cenário previsto na pesquisa Focus, o juro começa a subir em abril, com alta de 0,5 ponto porcentual, o que levaria a taxa para 9,25%. Em seguida, são esperadas altas idênticas nas reuniões de junho, julho, setembro e outubro. Assim, a Selic atingiria 11,25% em outubro e permaneceria nesse nível até o fim de 2011.
Para a economista da Rosenberg, apenas um "contundente agravamento do cenário internacional" poderia evitar o ciclo de aumento dos juros no Brasil. De acordo com Thaís Zara, as eleições presidenciais também têm peso sobre as decisões em relação ao nível da taxa de juros e reforçam o cenário que aponta para juros mais altos em breve.
"Seguindo Maquiavel, principalmente em um ano eleitoral, a boa técnica recomendaria que o mal fosse feito o mais cedo e rápido possível", disse Zara.
Veículo: O Estado de S.Paulo
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