Economia
10/02/2010 07:57 - IPTU puxa IPC e Fipe espera alta
Por causa dos reajustes do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) determinados pela Prefeitura de São Paulo, a Fipe colocou um "viés de alta" na projeção do IPC no mês de fevereiro, de 0,60%. Segundo o coordenador do IPC-Fipe, Antônio Comune, a tabela do IPTU veio acima do reajuste esperado pela Fipe e, por isso, a inflação neste mês pode ficar acima da previsão inicial. O IPTU tem um peso de 1% sobre o IPC e, de acordo com os cálculos da Fipe, pode contribuir com 0,25 ponto porcentual da inflação na capital paulista.
"É bastante coisa, considerando que a expectativa é de uma alta do índice perto de 0,60%", explica Comune. Na primeira leitura do mês, a alta do IPTU captada pelo IPC foi de 4,44%, contribuindo com 0,046 ponto porcentual da alta do índice, que foi de 1,28%. Por causa desse reajuste, o grupo Habitação acelerou a alta para 0,29%, ante 0,15% no fechamento de janeiro.
O que pode compensar o efeito do IPTU mais alto sobre a inflação no mês de fevereiro é o comportamento do grupo Alimentação que, segundo Comune, já mostrou na primeira quadrissemana do mês uma desaceleração mais rápida do que o esperado. A alta desse grupo foi de 1,18%, ante 1,52% no fechamento de janeiro.
Os preços dos alimentos in natura, os que mais sofrem com os efeitos da chuva, também desaceleram: a alta de 3,15% nesta quadrissemana, abaixo dos 4,44% observados no fechamento de janeiro. "O comportamento dos alimentos ao longo do mês é que determinará para onde irá a projeção para o mês de fevereiro", explica Comune.
O coordenador do IPC observa que frutas, legumes e tubérculos mostraram desaceleração na primeira quadrissemana. A pressão continua vindo das verduras, produto que mais sofre com as variações climáticas, e que subiu na primeira leitura do mês 15,07%. Nesse segmento, os destaques de alta foram alface (17,11%), escarola (19,8%) e espinafre (17%).
As carnes, que também vinham pressionando a inflação neste início do ano, surpreenderam ao desacelerar a alta. A taxa de reajuste mais intensa observada nesse segmento foi contrafilé, que avançou 2%. Dessa forma, os alimentos semielaborados subiram 1,28%, abaixo da taxa de 1,56% observada no fechamento de janeiro.
Para Comune, esse comportamento mais benigno que se observa no preço dos alimentos pode ser atribuído à reação natural do consumidor diante dos fortes reajustes: a substituição do produto. "Se o consumidor vê que verduras estão muito caras, ele compra outro alimento em substituição, o que limite o reajuste desses produtos", explica. O mesmo vale para as carnes, que têm no frango uma alternativa mais barata. O frango, aliás, aparece como uma das mais fortes queda de preço do IPC da primeira quadrissemana de fevereiro (-1,46%).
Veículo: Jornal do Commercio - RJ
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