Notícias do setor
Economia
Jurídico
Tecnologia
Carnes / Peixes
Bebidas
Notícias ABRAS
Geral
Redes de Supermercados
Sustentabilidade
Estaduais
 





Você está em:
  • Notícias do setor »
  • Economia

Notícias do setor - Clipping dos principais jornais e revistas do Brasil

RSS Economia

22/12/2009 08:45 - Mantega prevê superávit de 3,3% do PIB

Meta mais apertada é para 2010 e deve ser obtida sem a utilização dos abatimentos permitidos pelo PAC

 

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, fará um grande esforço para transmitir uma imagem de austeridade fiscal em 2010, mesmo diante do fato de que renúncias fiscais e aumentos de despesas correntes já estão contratadas para o ano eleitoral. Ele se comprometeu a cumprir a meta mais alta de superávit primário - economia para pagar juros da dívida -, de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010, sem utilizar os abatimentos permitidos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Tudo isso tem base na aposta de recuperação das receitas, já que o País deverá crescer em ritmo bem mais acelerado.

 

Ao mesmo tempo em que quer entregar um resultado fiscal mais "robusto", Mantega não quer tirar o pé do acelerador dos investimentos públicos. Afinal, as obras garantem expansão maior da economia brasileira e reforçam os dividendos eleitorais. Por isso, apesar de perseguir o cumprimento da meta, a equipe econômica sabe que poderá abater 0,65% do PIB em obras do PAC previstas no Orçamento de 2010. Há ainda a possibilidade de deduzir os chamados "restos a pagar" referentes a 2009, que podem somar 0,4% do PIB.

 

O governo também dispõe de mais de 0,5% do PIB no Fundo Soberano do Brasil (FSB). O fundo não foi usado neste ano de crise, mas por várias vezes a equipe econômica sinalizou que pretende utilizá-lo em 2010, apesar da expectativa de incremento na atividade econômica. O resgate do FSB é contabilizado como receita primária, o que permitiria ampliar gastos públicos.

 

A utilização do FSB, no entanto, não é pacífica. Os críticos argumentam que não faz sentido sacar essa poupança de natureza anticíclica em contexto de crescimento econômico.

 

Fontes da área técnica da equipe, entretanto, preferem focar o discurso na aposta da retomada da arrecadação e também na desaceleração do ritmo de crescimento das despesas, já que os maiores gastos previstos foram feitos em 2009. Essa combinação, avaliam, colocaria as contas públicas em uma situação mais confortável e tornam factível o cumprimento da meta. Mantega enfatiza o compromisso com o alvo de 3,3% do PIB para o superávit e se sente "responsável" no governo por entregar esse resultado.

 

Outro motivo que leva o ministro a direcionar esse discurso em favor do cumprimento da meta mais ambiciosa em 2010 é a preocupação em não adicionar volatilidade ao mercado no ano das eleições. A avaliação é que em 2002 o governo Fernando Henrique Cardoso contribuiu para adicionar volatilidade ao mercado. E agora a equipe econômica diz pretender o contrário, transmitindo segurança econômica em um momento normalmente cercado de incerteza.

 

A tentativa do governo de afastar a desconfiança com a sustentabilidade da política fiscal tem como uma das principais razões o aumento da preocupação dos analistas com o crescimento da dívida bruta do setor público, indicador que contabiliza todos os passivos do governo.

 

Embora a dívida líquida tenha uma tendência declinante em 2010, a dívida bruta aumenta rapidamente, principalmente com as operações compromissadas que o Banco Central (BC) é obrigado a fazer no mercado para retirar o excesso de liquidez (dinheiro livre) na economia. Essas operações aumentaram com as compras de dólares do BC e com os empréstimos do Tesouro ao BNDES.

 

O problema maior do crescimento da dívida bruta é que os ativos e os passivos são remunerados com taxas diferentes, o que traz mais custo fiscal para o governo. Exemplo dessa discrepância é a remuneração das reservas (ativos), a juros baixos em dólar, e os títulos públicos (passivos), emitidos para aquisição da compra da moeda norte-americana pelas operações compromissadas. Outro exemplo é o empréstimo para o BNDES, em que a taxa de remuneração do Tesouro é mais baixa do que as operações que o BC tem que fazer para enxugar esses recursos quando entrarem no mercado.

 


Veículo: O Estado de S.Paulo

Enviar para um amigo
Envie para um amigo
[x]
Seu nome:
E-mail:
Nome do amigo:
E-mail do amigo:
Comentário
 

 

Veja mais >>>

03/01/2025 10:43 - Pix já é a forma de pagamento mais usada no Brasil
28/06/2024 10:20 - GPA conclui processo de venda de postos de combustíveis
27/06/2024 09:00 - Grupo Zaffari anuncia investimento de R$ 1,5 bilhão em novos empreendimentos
24/06/2024 11:21 - Rede Festival implanta soluções para gestão de frota e reduz custos
21/06/2024 09:05 - Spani anuncia investimento de R$ 45 milhões com nova loja Paulínia
20/06/2024 09:06 - Flex Atacarejo prevê aumento nas vendas durante as festas juninas
18/06/2024 08:46 - ExpoSuper 2024 promete movimentar mais de R$ 1 bilhão no setor supermercadista catarinense
13/06/2024 09:25 - Com aquisição, rede britânica avança em foodservice
06/06/2024 09:30 - Festa Junina: supermercadistas esperam aumento nas vendas de produtos típicos
31/05/2024 10:19 - Consumidores americanos voltam a preferir supermercados
28/05/2024 09:06 - Varejista europeu busca expansão com abordagem múltipla
24/05/2024 10:05 - DM assina parceria com o Grupo Aliança
23/05/2024 08:50 - Trader Joe’s: consumidor quer valor, não preço
22/05/2024 09:28 - Paderrí investe na categoria de pães e bolos, trazendo maior valor agregado para o mercado
22/05/2024 09:22 - Satisfação do consumidor em abril atinge 77,95% na região Centro-Oeste do País

Veja mais >>>