Economia
15/12/2009 10:57 - Mercado revê previsão e aposta que PIB vai cair 0,26%
Economistas do mercado financeiro inverteram suas projeções para o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil na leitura semanal do Boletim Focus do Banco Central (BC). Segundo as informações do relatório, a expectativa para o crescimento do País este ano será de retração em 0,26%, ante a alta de 0,21% apresentada na semana passada.
De acordo com Bernardo Wjuniski, analista da Tendências Consultoria, a queda das projeções do PIB nesta leitura do Boletim já era prevista, pois o resultado do PIB divulgado na semana passada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) veio abaixo das expectativas.
"Isso já estava previsto, o resultado do PIB da semana passada [1,3%], muito abaixo do esperado [2%], fez com que a conta geral do crescimento anual caísse drasticamente, além disso teve a alteração no valor obtido no segundo trimestre deste ano, quando o IBGE informou que o crescimento do período não era de 1,9% e sim de 1,1%", explicou.
"No comparativo com o período de julho a setembro de 2008, a economia recuou 1,2%. Podemos com no melhor dos melhores resultados ter um crescimento nulo, ou seja, em 0% este ano", acrescentou o professor de economia da Trevisan, Pedro Vartanian.
Wjuniski afirmou ainda que espera um resultado negativo em 0,25% para este ano.
O Boletim Focus trouxe, no entanto, a projeção de desempenho melhor para o PIB brasileiro no próximo ano, de 5,03%. Na divulgação anterior, a estimativa era de expansão de 5%.
Na mesma leitura, a produção industrial do País teve um crescimento ao diminuir em 0,08% a retração de 7,73% vista na última semana e apontar queda de 7,65% para este ano. A projeção para 2010 seguiu o mesmo caminho e marcou alta de 7%, ante aos 6,85% da semana passada.
Para a conta corrente, foi mantida a perspectiva de déficit de US$ 18 bilhões em 2009 e houve uma queda na projeção para o próximo ano, ao passar de retração em US$ 37 bilhões para recuo de US$ 40 bilhões.
A pesquisa Focus manteve a previsão de que a taxa básica de juros (Selic) suba para 10,63% ao ano, em 2010. Não foi feita previsão para a taxa referente ao final de 2009, já que a Selic foi mantida semana passada pelo Comitê de Política Monetária em 8,75% ao ano, na última reunião de 2009.
O mercado financeiro aumentou a expectativa para o IPCA em 2009, de 4,26% para 4,31%. A previsão dos analistas ficou dentro da meta de inflação para este ano, que é de 4,5%. Na mesma pesquisa, a estimativa para o IPCA em 2010 subiu de 4,48% para 4,5%.
Para Wjuniski, as pressões inflacionárias mais fortes devem aparecer em 2011, o que justifica a alta da Selic no segundo semestre de 2010. "A ociosidade da indústria, o câmbio apreciado, os preços da economia mundial muito fracos e os preços administrados baixos, devem segurar a inflação abaixo da meta de 4,5%", disse.
O levantamento mostrou a expectativa de deflação mais marcada no IGP-DI e IGP-M neste ano, de 1,02% e 1,30%, respectivamente. No relatório anterior, a estimativa era de queda de 0,84% e 1,17%, nesta ordem. O IPC-Fipe deve avançar 3,87%, pouco em relação aos 3,88% anteriores.
De acordo com Wjuniski, os IGPs já vem em processo de queda. "Nossas projeções são de recuo em 1,30% para 2009."
Para 2010, os analistas esperam alta de 4,5% para todos os índices de inflação (IGP-DI, IGP-M, IPC-Fipe e IPCA).
Analistas aumentaram a previsão para o patamar do dólar no fim do ano. O nível da moeda americana no fim de 2009 subiu de R$ 1,70 para R$ 1,73. Para o fim de 2010, foi mantida a cotação da moeda americana em R$ 1,75. A previsão de câmbio médio no ano manteve-se em R$ 1,99.
Em divergência, o prognóstico para o superávit comercial em 2009, permaneceu em US$ 25 bilhões. Contudo, para o próximo ano os economistas recuaram para US$ 11,3 bilhões a previsão de saldo da balança comercial brasileira. O valor anterior era de US$ 12 bilhões.
Analistas mantiveram a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2009 em US$ 25 bilhões. Para 2010, a estimativa para o IED foi mantida em US$ 35 bilhões.
O relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, mostra que o mercado financeiro reagiu mal ao PIB do terceiro trimestre, com projeção de retração de 0,26% da economia brasileira este ano.
Veículo: DCI
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